Leopoldo López ao lado do autoproclamado presidente Juan Guaidó durante protestos nesta terça-feira (Manaure Quintero/Reuters)
Reuters
Publicado em 2 de maio de 2019 às 15h32.
Caracas — Um tribunal de Caracas decretou nesta quinta-feira, 2, a prisão do líder político de oposição Leopoldo López, que está na embaixada da Espanha na Venezuela após ter conseguido sair nesta semana da prisão domiciliar com a ajuda de membros da polícia.
Leopoldo López participou dos protestos da última terça-feira, 30, junto ao autoproclamado presidente Juan Guaidó.
Preso acusado de “incitação à violência”, o opositor se encontrava em prisão domiciliar desde meados de 2017. Segundo um de seus familiares, López recebeu nesta semana uma espécie de “indulto” de Guaidó, que muitos dizem agir sob seu comando, e isso permitiu que ele o acompanhasse nesta que é a mais nova tentativa de depor Maduro.
Nascido em Caracas, em 29 de abril de 1971, Leopoldo López estudou Economia na Universidade de Harvard. Em 2000, aos 29 anos, recebeu 51% dos votos nas eleições para a Prefeitura de Chacao, a cidade mais rica da grande Caracas, e em 2004 reelegeu-se com 81% da votação.
Em abril de 2002 foi um dos vários políticos por trás das manifestações que resultaram em um golpe de Estado, que afastou por pouco tempo do poder o então presidente Hugo Chávez. Em 2008, aos 41 anos, acabou proibido de exercer cargos públicos.