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Tribunal convoca premiê indiano sobre distúrbios em 2002

Tribunal de NY ordenou que o primeiro-ministro indiano responda às acusações de tentativa de genocídio, por tumultos sangrentos contra muçulmanos em 2002

Premiê da Índia, Narendra Modi: ação judicial coincide com a visita de Modi aos EUA (AFP)

Premiê da Índia, Narendra Modi: ação judicial coincide com a visita de Modi aos EUA (AFP)

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Da Redação

Publicado em 26 de setembro de 2014 às 13h51.

Nova Deli - Um tribunal de Nova York ordenou que o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, responda às acusações de "tentativa de genocídio" pelos tumultos sangrentos contra muçulmanos em 2002, anunciou nesta sexta-feira a ONG que apresentou o pedido.

Esta ação judicial coincide com a visita de Modi aos Estados Unidos, a primeira como chefe do governo indiano. Modi era o chefe do executivo do estado de Gujarat (oeste) durante os tumultos, que deixaram ao menos 1.000 mortos, em sua maioria muçulmanos, em 2002.

O atual primeiro-ministro da Índia, acusado de não ter feito nada para acabar com a violência, sempre negou estas acusações, mas este episódio é uma mancha na sua carreira.

Os advogados da ONG American Justice Center (AJC) apresentaram ações civis contra Modi para obter indenizações por danos por "tentativa de genocídio". A ONG também criticou a "tolerância" da justiça indiana neste caso.

De acordo com a AJC, o tribunal de Nova York pediu que Modi responda às acusações dentro de 21 dias.

A ONG acusa Modi de crimes contra a humanidade, execuções extrajudiciais, tortura e trauma físico e psicológico, essencialmente contra a comunidade muçulmana.

Os Estados Unidos recusaram-se a conceder um visto em 2005 para Modi, um nacionalista hindu, por causa desses distúrbios.

O premiê indiano deve chegar nesta sexta-feira em Nova York, onde discursará na Assembleia Geral da ONU no sábado antes de se encontrar com o presidente Barack Obama na segunda e terça-feira em Washington.

O secretário-geral do Bharatiya Janata Party (BJP), o partido de Modi, declarou nesta sexta-feira que a convocação não foi formalmente comunicada ao seu partido.

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