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Tribunal avalia prisão de Keiko Fujimori por caso Odebrecht no Peru

A primogênita do ex-presidente Alberto Fujimori (1990-2000) foi libertada em 29 de novembro, depois de quase 13 meses em prisão preventiva

Líder de oposição do Peru Keiko Fujimori, durante evento de campanha, em Lima (Mariana Bazo/Reuters)

Líder de oposição do Peru Keiko Fujimori, durante evento de campanha, em Lima (Mariana Bazo/Reuters)

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AFP

Publicado em 28 de dezembro de 2019 às 14h19.

Um tribunal peruano iniciou, neste sábado (28), a primeira de três audiências para determinar se volta a ordenar prisão preventiva para a líder da oposição Keiko Fujimori, que foi libertada há um mês, com base em novas evidências apresentadas pela promotoria no escândalo Odebrecht.

O juiz Víctor Zúñiga ordenou na quinta-feira que o caso de prisão preventiva de Fujimori solicitado pelo promotor José Domingo Pérez seja avaliado em três audiências: 28 de dezembro, 31 de dezembro e 2 de janeiro de 2020.

No início da audiência, Pérez justificou seu pedido de 36 meses de prisão preventiva, indicando que "existe o risco de vazamento e obstrução da justiça por Fujimori, após novas evidências surgidas nas últimas semanas".

Ele explicou que Fujimori é acusada de receber dinheiro sujo da construtora Odebrecht e de outras fontes para financiar suas campanhas eleitorais de 2011 e 2016.

Além disso, disse que "Keiko Fujimori fez parte de uma organização de mais de três pessoas para obter bens ilegais".

"Ela é acusado de, na campanha de 2011, pedir 1 milhão de dólares à Odebrecht", afirmou.

À acusação de lavagem de dinheiro, Pérez acrescentou obstrução da justiça, associação ilegal, falsidade genérica, fraude processual e organização criminosa.

O Ministério Público obteve recentemente no Brasil uma declaração de um ex-executivo da Odebrecht, Luiz Eduardo da Rocha Soares, que teria confirmado aos promotores peruanos a contribuição de US$ 1 milhão da empresa para a campanha da líder do partido Força Popular em 2011.

A primogênita do ex-presidente Alberto Fujimori (1990-2000) foi libertada em 29 de novembro, depois de quase 13 meses em prisão preventiva.

O Tribunal Constitucional aceitou um habeas corpus a seu favor, que anulou sua prisão. A opositora havia sido enviada para a prisão em 31 de outubro de 2018 por supostamente interferir nas investigações.

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