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Tribunal absolve ex-premier do Kosovo Ramush Haradinaj

As testemunhas da acusação não foram consideradas suficientemente confiáveis


	Partidários de Ramush Haradinaj se manifestam do lado de fora do TPI: ele era acusado de crimes de guerra
 (Koen van Weel/AFP)

Partidários de Ramush Haradinaj se manifestam do lado de fora do TPI: ele era acusado de crimes de guerra (Koen van Weel/AFP)

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Da Redação

Publicado em 29 de novembro de 2012 às 08h39.

Haia - O Tribunal Penal Onternacional para ex-Iugoslávia (TPII) absolveu mais uma vez, nesta quinta-feira, o ex-primeiro-ministro do Kosovo Ramush Haradinaj de crimes cometidos durante a guerra de independência do Kosovo (1998-1999).

As testemunhas da acusação não foram consideradas suficientemente confiáveis.

"A câmara julga o réu não-culpado de todas as acusações", declarou o juiz Bakone Justice Moloto em audiência pública em Haia, sede do TPIY.

O veredito foi comemorado pelo público da galeria do TPII, onde se encontravam simpatizantes e familiares de Ramush Haradinaj, de 44 anos, antigo dirigente do Exército de Libertação do Kosovo (UCK) e considerado um herói em seu país.

"A Câmara não se convenceu que a testemunha se encontrava no centro de Jablanica", disse o juiz Moloto. "A testemunha poderia ter repetido o que ouviu de terceiros".

Outros dois acusados, Idriz Balaj, de 41 anos, comandante especial das "Águias negras" do UCK, e Lahi Brahimaj, de 42 anos, outro ex-dirigente do UCK, também foram absolvidos das acusações de assassinato e tortura.

Haradinaj e Balaj tinham sido absolvidos em 2008 de 37 acusações de crimes contra a humanidade e de crimes de guerra. Brahimaj tinha sido condenado a seis anos de prisão por tortura e, ao mesmo tempo, absolvido das outras acusações que pesavam contra ele.

Após apelo do procurador, e pela primeira vez na história do TPII, o tribunal ordenou em julho de 2010 que os três homens fossem julgados novamente em primeira instância porque algumas testemunhas tinham sido "severamente intimidadas".

Haradinaj e Balaj foram julgados por crimes supostamente cometidos no centro de detenção improvisado de Jablanica. A acusação pedia no mínimo 20 anos de prisão para os três homens.

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