Policiais em local onde ocorreu ataque a centro judaico> ataques começaram por volta das 13h no Centro Comunitário Judaico da Região Metropolitana de Kansas City, em Overland Park (Dave Kaup/Reuters)
Da Redação
Publicado em 14 de abril de 2014 às 09h27.
Overland Park - Três pessoas, incluindo um menino de 14 anos, foram mortas no domingo em duas entidades judaicas da região de Kansas City, e um homem foi detido como suspeito, segundo as autoridades.
A polícia disse ser cedo para apontar motivações, mas ativistas disseram que o homem detido é antissemita de longa data.
"Sabemos que foi um maligno ato de violência. Obviamente, com duas entidades judaicas, pode-se supor isso", disse o chefe de polícia de Overland Park, John Douglass, em entrevista coletiva.
O FBI foi chamado para ajudar na investigação.
O suspeito foi identificado por autoridades do Kansas como Frazier Glenn Cross, Jr., de 73 anos, e pela ONG Centro Jurídico Sulista para a Pobreza como Frazier Glenn Miller, antissemita convicto que já foi um "grão-dragão" dos Cavaleiros das Carolinas, um braço da Ku Klux Klan.
Ele está detido sob suspeita de homicídio doloso e deve comparecer na tarde desta segunda-feira a um tribunal.
Os ataques começaram por volta das 13h no Centro Comunitário Judaico da Região Metropolitana de Kansas City, em Overland Park, no Kansas. Dois homens foram baleados no estacionamento em frente ao local, sendo que um deles morreu na hora, e outro mais tarde, num hospital, segundo a polícia.
O agressor então percorreu cerca de 1,5 quilômetro até um local chamado Village Shalom, que oferece abrigo e atendimento a idosos, e lá matou uma mulher, segundo Douglass.
As duas primeiras vítimas foram identificadas com sendo Reat Griffin Underwood, de 14 anos, aluno do primeiro ano do ensino médio, e seu avô, William Corporon, segundo nota divulgada por um familiar. Ambos eram metodistas.
Segundo a polícia, o autor dos disparos usou uma pistola de caça e possivelmente outros tipos de armas, e duas outras pessoas foram alvejadas, mas não chegaram a ser atingidas.
O suspeito foi detido no estacionamento de uma escola primária próxima, segundo Douglass.
Ele disse não poder confirmar relatos de testemunhas segundo as quais o suspeito gritou "Heil Hitler" quando era levado pela polícia.
O presidente dos EUA, Barack Obama, expressou pesar pelo incidente. "Embora não sabíamos todos os detalhes... os relatos iniciais são arrasadores", disse o presidente em nota.
Cerca de 20 mil judeus vivem na região de Kansas City.