Turistas usam máscaras para evitar contração da MERS, na Coreia do Sul: as três novas mortes - sauditas com entre 65 e 86 anos - elevam a 483 o número de mortes entre as 1.118 pessoas infectadas na Arábia Saudita (REUTERS/Kim Hong-Ji)
Da Redação
Publicado em 20 de agosto de 2015 às 14h51.
Três pessoas infectadas pelo coronavírus Mers morreram recentemente na Arábia Saudita, onde as infecções estão aumentando um mês antes da peregrinação anual a Meca, o que provocou o fechamento do serviço de emergência de um hospital em Riad.
A emergência do hospital Rei Abdel Aziz foi fechada após o registro de "46 infecções, incluindo entre os profissionais de saúde", segundo jornal saudita Gazette. Este fechamento foi confirmado nesta quinta-feira por funcionários do hospital.
As três novas mortes - sauditas com entre 65 e 86 anos - elevam a 483 o número de mortes entre as 1.118 pessoas infectadas na Arábia Saudita, onde a doença surgiu em 2012, de acordo com estatísticas do Ministério da Saúde.
Entre os dias 9 e 15 de agosto, foram registradas 21 infecções, incluindo 20 em Riad, segundo a fonte.
O ministro da Saúde, Khaled al-Faleh, citado pela agência oficial SPA, evocou um "número limitado de infecções". Ele garantiu que seriam tomadas medidas para prevenir infecções entre os peregrinos.
Cerca de 2 milhões de fiéis devem realizar a peregrinação anual a Meca, que deve começar em torno de 21 de setembro.
O coronavírus Mers, uma infecção pulmonar, apareceu em 2012 na Arábia Saudita e, mais recentemente, na Coreia do Sul, onde foram registradas 36 mortes.
A nível global, a Organização Mundial da Saúde (OMS) identificou 1.368 casos confirmados desde 2012, e pelo menos 490 mortes.
O vírus Mers é mais mortal, mas menos contagioso, do que o Sras, a síndrome respiratória aguda grave, que fez quase 800 mortes em todo o mundo em 2003. Ele tem uma taxa de mortalidade de cerca de 35%, segundo a OMS.