Mundo

Três marinheiros ucranianos ficarão dois meses presos na Crimeia

Incidente aconteceu no mar Negro, ao longo da costa da Crimeia, no domingo à noite, quando os marinheiros tentavam atravessar o estreito de Kertch

Bandeira russa: incidente gerou um aumento das tensões entre Rússia e Ucrânia (Gleb Garanich/Reuters)

Bandeira russa: incidente gerou um aumento das tensões entre Rússia e Ucrânia (Gleb Garanich/Reuters)

A

AFP

Publicado em 27 de novembro de 2018 às 14h21.

Última atualização em 27 de novembro de 2018 às 14h41.

Dos 24 marinheiros ucranianos capturados no último domingo pela Guarda Costeira russa ao longo da Crimeia, três foram colocados em prisão provisória nesta terça-feira , 27, por dois meses, acusados de ultrapassarem ilegalmente a fronteira russa, de acordo com a decisão de um tribunal dessa península anexada pela Rússia.

"Por enquanto, três pessoas foram colocadas em detenção provisória até 25 de janeiro", declarou à AFP a delegada para os direitos humanos da Crimeia, Liudmila Lubina, referindo-se a Vladimir Varimez, Vladimir Bespaltchenko e Andreï Oprysko.

Pelo menos 12 marinheiros ucranianos devem ser apresentados à Justiça, nesta terça, em Simferopol, capital da península da Crimeia anexada pela Rússia em 2014, acrescentou a mesma fonte. O restante dos 24 marinheiros capturados deve comparecer amanhã no tribunal.

O incidente aconteceu no mar Negro, ao longo da costa da Crimeia, no domingo à noite, quando os marinheiros tentavam atravessar o estreito de Kertch para entrar no mar de Azov. Esse pequeno mar tem uma importância crucial para as exportações de cereais, ou de aço, produzidos no leste da Ucrânia.

Subordinada aos serviços de segurança russos (a FSB), a Guarda Costeira deteve à força dois navios patrulheiros e um rebocador ucranianos, acusando-os de entrarem ilegalmente nas águas territoriais russas. Os cerca de 20 marinheiros foram capturados a bordo.

A Rússia classificou o incidente como "provocação", enquanto a Ucrânia denunciou um "ato de agressão" de Moscou, exigindo a libertação de seus marinheiros e o retorno de seus navios.

Acompanhe tudo sobre:CrimeiaDiplomaciaEuropaRússiaUcrânia

Mais de Mundo

Argentina registra décimo mês consecutivo de superávit primário em outubro

Biden e Xi participam da cúpula da Apec em meio à expectativa pela nova era Trump

Scholz fala com Putin após 2 anos e pede que negocie para acabar com a guerra

Zelensky diz que a guerra na Ucrânia 'terminará mais cedo' com Trump na Presidência dos EUA