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Três dirigentes da Irmandade Muçulmana são detidos no Egito

Três dirigentes da Irmandade Muçulmana, entre eles o porta-voz, foram detidos no Cairo


	Apoiador da Irmandade Muçulmana em protesto: além das prisões, justiça bloqueou provisoriamente os fundos de vários responsáveis islamitas
 (Muhammad Hamed/Reuters)

Apoiador da Irmandade Muçulmana em protesto: além das prisões, justiça bloqueou provisoriamente os fundos de vários responsáveis islamitas (Muhammad Hamed/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2013 às 13h07.

Cairo - Três dirigentes da Irmandade Muçulmana, entre eles o porta-voz Gihad Haddad, foram detidos nesta terça-feira no Cairo, onde um tribunal confirmou, além disso, o bloqueio provisório dos fundos de vários responsáveis islamitas.

Segundo informaram à Agência Efe fontes policiais, as forças de segurança detiveram junto a Haddad o ex-deputado Ahmed Diab e o membro da executiva da confraria Mahmoud Abu Zaid.

As detenções são praticadas em um apartamento do bairro de Cidade Nasser, no leste da capital, onde também foi detido em agosto o líder da Irmandade Muçulmana, Mohammed Badía.

Haddad, uma das caras mais visíveis da Irmandade durante os protestos suscitados após o golpe militar de julho, tinha paradeiro desconhecido.

Sobre o porta-voz da Irmandade Muçulmana pesava uma ordem de detenção por instigar à violência, ao assassinato de manifestantes e distúrbios durante os protestos dos últimos dois meses.

As forças de segurança expropriaram computadores e documentos do grupo islamita, agregaram as fontes.

Por outro lado, o Tribunal Penal do Cairo confirmou a sentença do procurador-geral, Hisham Barakat, de julho de congelar temporariamente os fundos de alguns dirigentes da Irmandade Muçulmana, os grupos salafistas e o radical Gamaa Islamiya.

Esta decisão acontece depois das investigações realizadas pela Procuradoria sobre os fatos violentos registrados em julho e agosto.

Entre os líderes afetados por esta decisão destacam-se Badía, o "número dois" da Irmandade, Jairat el Shater, e o presidente e o vice-presidente do Partido Liberdade e Justiça (PLJ), Saad Katatni e Esam al Arian, respectivamente.

Também se veem afetados por esta decisão Tareq al Zumur, presidente do Partido Construção e Desenvolvimento, braço político de Gamaa Islamiya; o dirigente do islamita Al Wasat, Esam Sultan, e o líder salafista Hazem Abu Ismail.

Desde o levante de 3 de julho que depôs o então presidente Mohamed Mursi, mais de mil pessoas faleceram no Egito e centenas delas foram detidas, em sua maioria membros dos grupos islamitas. 

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