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Três dos 5 candidatos mais ricos disputam suplência

Somente na legislatura que está se encerrando, 20 suplentes chegaram a exercer mandato simultaneamente no Senado

Congresso Nacional: o senador eleito pode se afastar para ocupar cargos no Poder Executivo ou para disputar outras eleições (./Wikimedia Commons)

Congresso Nacional: o senador eleito pode se afastar para ocupar cargos no Poder Executivo ou para disputar outras eleições (./Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.

São Paulo - Entre os 30 candidatos às eleições de outubro mais ricos do País todos com patrimônio pessoal acima dos R$ 49 milhões, sete entram na disputa tentando se eleger suplentes de senadores. Eles são empresários e reúnem fortunas que somadas chegam a R$ 2 04 bilhões. Levantamento feito pelo jornal O Estado de S. Paulo na base de dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostra que três desses candidatos a suplentes se destacam mais por ocuparem a terceira, a quarta e a quinta posições do ranking da riqueza.

O processo de escolha de candidatos à suplência dos senadores sempre foi nebuloso. Parentes dos titulares ou estreantes na política com muito dinheiro para ajudar a financiar campanhas são os critérios mais usados. Muitos suplentes que nunca tiveram um único voto almejam entrar para a vida pública substituindo o senador eleito - que pode se afastar para ocupar cargos no Poder Executivo ou para disputar outras eleições. Somente na legislatura que está se encerrando, 20 suplentes chegaram a exercer mandato simultaneamente no Senado - o que representa 24 7% do total de 81 cadeiras.

O empresário João Claudino Fernandes, com R$ 623,5 milhões, é o terceiro candidato mais rico do País e está filiado ao minúsculo PRTB - que não tem representação no Congresso. Vai tentar se eleger 1.º suplente na chapa liderada por Ciro Nogueira (PP-PI), hoje deputado. Em comparação ao titular, que registrou patrimônio de R$ 1,97 milhão no TSE, João Claudino é 315 vezes mais rico.

Fundador e ex-presidente da Videolar, Lirio Parisotto (PMDB-AM) declarou patrimônio de R$ 616,05 milhões. Contentou-se em ser 2.º suplente na chapa do ex-governador do Amazonas Eduardo Braga (PMDB-AM), com R$ 16,48 milhões de patrimônio. Numa eventual vacância, a primeira a assumir a cadeira no Senado será Sandra Braga (PMDB-AM), mulher do titular. O quinto político mais rico é ex-banqueiro, ex-deputado federal e ex-secretário de Saúde do Rio: Ronaldo Cezar Coelho (PSDB-RJ) tem R$ 564,53 milhões. Será 1.º suplente do ex-prefeito do Rio Cesar Maia (DEM), candidato ao Senado.

Pedro Chaves (PSC-MS), com R$ 69,31 milhões; Osório Adriano (DEM-DF), com R$ 64,43 milhões; Raimundo Lira (PMDB-PB), com R$ 54,34 milhões; e Sander Salomão (PMDB-RR), com R$ 49,33 milhões, são outros candidatos a suplentes de senador. A lista tem como líder absoluto o vice na chapa presidencial de Marina Silva (PV). O empresário Guilherme Leal, da Natura, é o único bilionário na disputa. Seu patrimônio é de R$ 1,19 bilhão. O deputado Marcelo Almeida (PMDB-PR), que tenta reeleição, vem em segundo, com R$ 683,27 milhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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