Vazamento de petróleo da BP: a Transocean já havia reservado por volta de de 1,9 bilhão de dólares para perdas associadas ao acidente (Joe Raedle/Getty Images/AFP)
Da Redação
Publicado em 3 de janeiro de 2013 às 16h39.
Washington - A Transocean concordou em pagar 1,4 bilhão de dólares para encerrar junto ao governo dos Estados Unidos o processo decorrente do enorme vazamento de petróleo em um poço da BP no Golfo do México.
Segundo a Transocean, o acordo fará com que o Departamento de Justiça encerrar as investigações criminais contra a empresa.
O acordo inclui 1 bilhão de dólares em multas civis e outros 400 milhões de dólares em sanções penais.
A operadora de sondas era a proprietária da plataforma Deepwater Horizon, que estava perfurando a um quilômetro de profundidade quando uma onda de gás metano provocou uma explosão em 20 de abril de 2010. A explosão matou 11 homens e ocasionou um dos maiores desastres ambientais da história dos EUA.
A BP e a Transocean tinham "várias deficiências de segurança de sistemas de gestão que contribuíram para o incidente em Macondo, e não tinham regras de segurança adequadas", disse um relatório do Conselho de Segurança Química dos EUA em julho de 2012.
A Transocean e a BP discordaram sobre quem estava no comando para interpretar o que é conhecido como um teste de pressão negativa, que poderia ter alertado os trabalhadores para a instabilidade do poço.
Em novembro, a BP fechou acordo com o governo dos EUA para o pagamento de 4,5 bilhões de dólares, incluindo a maior multa criminal aplicada, de 1,256 bilhão de dólares.
A gigante petrolífera com sede em Londres também concordou em se declarar culpada de obstrução ao Congresso, o que constitui crime.
Desde 30 de setembro, a Transocean tinha reservado cerca de 1,9 bilhão de dólares para perdas relacionadas com a Deepwater Horizon.
As ações da Transocean tinham alta de quase 7 por cento na Bolsa de Nova York por volta das 16h20 (horário de Brasília). O índice Standard & Poor's 500 tinha alta de 0,08 por cento.