Equipes de resgate tentam localizar vítimas nos escombros do complexo têxtil que desabou em Bangladesh matando centenas de pessoas (REUTERS/Andrew Biraj/)
Da Redação
Publicado em 10 de maio de 2013 às 12h11.
Brasília - As esquipes de socorro e remoção de escombros de Bangladesh vão levar mais uma semana nos trabalhados de busca no prédio comercial que desabou há 15 dias, matando mais de mil pessoas. A decisão de prorrogar as atividades foi anunciada pelo Ministério do Interior. Segundo as autoridades, o número de mortos deve aumentar. No edifício de oito andares, funcionavam cinco fábricas, um supermercado e um banco.
“Ainda há muitos cadáveres entre os escombros. Houve gente que tentou chegar aos andares mais baixos [o prédio tinha nove andares] para conseguir sair do edifício”, disse Udín Khandaker, do Ministério do Interior do Bangladesh. “Em uma semana ficarão concluídos os trabalhos de remoção dos escombros. A expectativa é que até sexta-feira [17] esteja tudo concluído.”
Pelos últimos dados, o desabamento do último dia 24 causou 1.022 mortes e deixou 2.437 feridos, na periferia de Dacca, capital de Bangladesh. Segundo Khandaker, foram presas dez pessoas, inclusive quatro donos de fábricas, engenheiros e perito. “[Os presos] estão sob custódia. Em princípio, serão acusadas de morte por negligência no trabalho, delito que está contemplado no Código Penal”, disse.
No dia do desabamento, estavam no interior do edifício mais de 3 mil pessoas. Há dois dias, as autoridades de Bangladesh anunciaram o fechamento de 18 fábricas de roupas e tecidos por razões de segurança. Os operários da indústria têxtil já fizeram protestos para pedir punições mais severas para os responsáveis pelo desastre e para exigir melhoria nas normas de segurança.
Bangladesh é o segundo maior produtor de roupa do mundo, depois apenas da China. A indústria têxtil constitui a base da sua economia. No entanto, apresenta índices de segurança considerados alarmantes. Em novembro, 111 pessoas morreram durante um incêndio em uma fábrica.
Com informações da BBC Brasil e da agência pública de notícias de Portugal, Lusa.