Funcionários da Cruz Vermelha enterram corpo de vítima do vírus ebola, em Serra Leoa (Francisco Leong/AFP)
Da Redação
Publicado em 13 de novembro de 2014 às 07h44.
Brisbane - Trabalhadores do setor de saúde do continente africano, que estão na frente de batalha contra o ebola, pediram nesta quinta-feira aos líderes do G20 mais recursos para lutar contra a doença e denunciaram as precárias condições de trabalho.
A enfermeira liberiana Laurene Wisseh afirmou que os trabalhadores do setor de saúde se viram obrigados a usar bolsas de plástico para proteger-se do contágio, diante da falta de luvas e roupas adequadas.
Um motorista de ambulância, Gorden Kamara, afirmou que a Libéria tem apenas 15 veículos do tipo para 1,5 milhão de pessoas e um médico para cada 14.000 habitantes, enquanto no Reino Unido são 40 médico para cada 14.000.
"Não temos nada", disse em uma conferência em Brisbane (leste da Austrália), que receberá a reunião do G20, por meio do Skype.
"A falta de equipamento de proteção e de instalações de saúde propiciaram uma elevada taxa de contágios e mortes entre os trabalhadores de saúde, o que resultou no abandono hospitais e clínicas", explicou.
A epidemia de ebola na África ocidental será um dos principais temas da reunião do G20.