Havana - Os agricultores e trabalhadores urbanos do setor privado são os que mais ganharam em Cuba em 2010, uma vez que esses setores crescem em consequência das reformas feitas pelo presidente Raúl Castro, informou nesta terça-feira uma fonte oficial.

Segundo a estatal "Oficina Nacional de Estadística" (ONE), Agência Nacional de Estatísticas, os 589 mil agricultores privados ganharam no ano passado 4,949 bilhões de pesos (197 milhões de dólares), enquanto os 147 mil trabalhadores privados urbanos receberam 1,805 bilhões de pesos (73 milhões de dólares).

Isto significa que os camponeses tiveram um ganho médio de 700 pesos (28 dólares) por mês, e os trabalhadores particulares urbanos 1.023 pesos (41 dólares), muito acima dos 448 pesos (18 dólares), que ganham em média os 3,9 milhões de trabalhadores do setor público, que esse ano receberam 20,782 bilhões de pesos (831 milhões de dólares).

Com 4,9 milhões de pessoas na ativa - de um total de 11,2 milhões de cubanos - 3,9 milhões trabalham no setor público, enquanto um milhão de pessoas restantes trabalham em empresas privadas ou cooperativas agrícolas.

As mais de 300 reformas de Raúl Castro para melhorar a eficiência do esgotado modelo econômico centralizador soviético, incluem a ampliação do trabalho privado, cooperativo, a implementação de investimentos estrangeiros e a autonomia das empresas estatais.

Desde setembro de 2008, cerca de 146 mil pessoas têm recebido parcelas de terras estatais ociosas, em usufruto, 71 mil deles não era agricultor antes, enquanto o número de trabalhadores privados já passa os 300 mil depois da ampliação a diversos setores pelo governo em outubro.