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Torcedor flagrado em caso de racismo no metrô é ativista

Richard Barklie, de 50 anos, ex-oficial de polícia e atual diretor da ONG de defesa dos direitos humanos World Human Rights Forum

Vídeo do jornal britânico The Guardian mostra passageiro negro sendo expulso por torcedores do Chelsea no metrô de Paris  (AFP)

Vídeo do jornal britânico The Guardian mostra passageiro negro sendo expulso por torcedores do Chelsea no metrô de Paris (AFP)

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Da Redação

Publicado em 23 de fevereiro de 2015 às 16h40.

Londres - Um dos três torcedores do Chelsea identificados pela polícia britânica entre os envolvidos em um caso de discriminação racial contra um homem negro no metrô de Paris na semana passada pediu nesta segunda-feira desculpas pelo ocorrido, mas negou ser racista.

Richard Barklie, de 50 anos, ex-oficial de polícia e atual diretor da ONG de defesa dos direitos humanos World Human Rights Forum, emitiu um comunicado se desculpando pelo fato, mas negou ter proferido insultos racistas e condenou "qualquer tipo de comportamento que apoia o racismo".

Um vídeo divulgado na semana passada mostra um grupo de torcedores dos "Blues" impedindo várias vezes que o cidadão franco-mauritano Souleymane S., de 33 anos, entrasse em um vagão na estação Richelieu Drouot, na capital francesa.

Eles se dirigiam ao estádio Parc des Princes para assistir ao duelo contra o Paris Saint-Germain, válido pelas oitavas de final da Liga dos Campeões. De dentro da composição é possível ouvir gritos de "Chelsea, Chelsea, Chelsea" e cânticos racistas.

Barklie rejeitou qualquer ato discriminatório e afirmou que trabalhou "com comunidades em condições desfavoráveis na África e na Índia durante anos" e que conta "com experiência em direitos humanos".

O torcedor do Chelsea revelou que entrou em contato com a polícia britânica para "explicar o contexto e as circunstâncias" do ocorrido, expressando desculpas pelo dano causado a Souleymane.

Barklie também disse no comunicado que não conhecia nenhuma das outras pessoas que aparecem na gravação.

A Scotland Yard, que está colaborando com as autoridades francesas no caso, segue investigando o ocorrido. 

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