Policiais diante do corpo de uma das vítimas do tiroteio em bar de Gotemburgo (Bjorn Larsson Rosvall/AFP)
Da Redação
Publicado em 19 de março de 2015 às 09h36.
Estocolmo - Duas pessoas morreram e pelo menos 10 ficaram feridas em um tiroteio em um bar de Gotemburgo, Suécia, na madrugada desta quinta-feira, em uma possível disputa entre grupos rivais.
"Dois homens de 20 e 25 anos morreram, e entre 10 e 15 pessoas ficaram feridas. Três ou quatro estão em condição grave, mas fora de perigo", disse o porta-voz da polícia Björ Blixter.
"Presumimos que foi um incidente entre grupos rivais", afirmou, descartando uma ação terrorista.
"Utilizaram uma arma automática. Não podemos descartar uma relação com o crime organizado. Temos problemas há algum tempo nesta área com o crime organizado", completou outra porta-voz da polícia, Ulla Brehm.
Uma testemunha afirmou ao jornal Aftonbladet que os atiradores utilizaram armas que pareciam fuzis Kalashnikov.
Segundo a mesma pessoa, os dois homens invadiram o pub na área de Biskopsgaarden e abriram fogo.
"Estávamos sentados, assistindo uma partida de futebol quando eles entraram", relatou.
A polícia isolou o local e abriu uma investigação por homicídio. Várias pessoas foram interrogadas, mas ninguém foi detido até o momento e os criminosos, que fugiram de carro, estão sendo procurados, anunciou Blixter.
O tiroteio corresponde a uma resposta 'olho por olho' entre grupos rivais neste tipo de área em disputa na cidade sueca.
"Já tivemos problemas similares com tiroteios nos últimos anos, mas nada desta magnitude. É um ato brutal", afirmou o porta-voz da polícia.
Há vários anos, a Suécia e a vizinha Dinamarca registram problemas com grupos criminosos, como os Hells Angels, os Bandidos e vários grupos de imigrantes que lutam pelo controle do tráfico local de drogas.
Gotemburgo, a terceira maior cidade da Suécia, registrou vários tiroteios nos meses entre grupos rivais, muitos deles na zona de Biskopsgaarden, uma área residencial com grande população de imigrantes e elevado índice de desemprego, mas os confrontos com vítimas fatais são raros.