Mundo

Tiroteio deixa morto e 3 feridos em universidade no Arizona

"Esta manhã, dois grupos de estudantes brigaram . O confronto se tornou físico e um de nossos estudantes sacou uma arma", declarou chefe de polícia


	Universidade do Norte do Arizona: "Um de nossos estudantes faleceu. Os três outros estão sendo cuidados no Centro Médio de Flagstaff"
 (Divulgação)

Universidade do Norte do Arizona: "Um de nossos estudantes faleceu. Os três outros estão sendo cuidados no Centro Médio de Flagstaff" (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2015 às 14h34.

Uma briga entre estudantes terminou com um morto e três feridos na madrugada desta sexta-feira na Universidade do Norte do Arizona, sudoeste dos Estados Unidos, uma semana após o tiroteio em outra universidade no Oregon.

"Esta manhã, às 1h20, dois grupos de estudantes brigaram (...). O confronto se tornou físico e um de nossos estudantes, Steven Jones, de 18 anos, sacou uma arma", declarou Gregory T. Fowler, chefe da polícia encarregada da segurança da universidade.

"Um de nossos estudantes faleceu. Os três outros estão sendo cuidados no Centro Médio de Flagstaff", cidade do Arizona onde está localizada a universidade, precisou. O atirador foi detido, segundo a polícia. Todas as vítimas são homens.

Esse tiroteio acontece alguns dias depois do registrado no centro universitário de Umpqua Community College, em Oregon, quando um homem armado de 26 anos disparou e matou nove pessoas e depois se suicidou.

O presidente Barack Obama deve visitar nesta sexta-feira parentes das vítimas em Roseburg. Mas alguns habitantes, temendo que o presidente retire suas armas, criaram um grupo no Facebook para se opor à visita. Mais de 2.000 pessoas já participavam da página "Stay out of Roseburg".

Armas proibidas

"As armas são proibidas nesta universidade" do Arizona, indicou uma porta-voz da NAU, Cindy Brown, na CNN. O campus, que conta com cerca de 20.000 estudantes, dispõe de sua própria polícia.

Megan Bardahl, uma estudante que mora ao lado do local do incidente, relatou à CNN que recebeu um aviso da universidade às 3h00.

"Nada parecia suspeito para mim aqui. Nunca pensei que algo parecido pudesse acontecer", disse ela, acrescentando se sentir "segura" no campus, onde a polícia realiza patrulhas regularmente.

"Trocamos mensagens de texto entre nós para garantir que todos estavam seguros", contou.

Após o tiroteio de Roseburg, Barack Obama havia expressado sua comoção e raiva, denunciando tiroteios que se tornaram "banais" nos Estados Unidos e criticando a inação do Congresso, de maioria republicana, que rejeita qualquer tentativa de restringir a venda de armas no país.

A frustração do presidente americano vem de longa data: esta foi a 15º vez que precisou se pronunciar após tragédias semelhantes desde que tomou posse, em janeiro de 2009.

Os casos mais emblemáticos ocorreram em 2012, com o massacre de Aurora (12 mortos) e Newtown (20 crianças e seis adultos mortos), seguidos pelo ocorrido em Washington (12 mortes) em setembro de 2013, e mais recentemente, o de Charleston (nove mortos) em junho de 2015.

Mas, mesmo após tantos casos, a legislação não foi alterada, em razão do todo-poderoso lobby das armas.

Neste contexto, o pai de uma jovem atingida nas costas em Roseburg afirmou ter recusado um convite do presidente, a quem acusou de politizar a tragédia.

"Em princípio, não concordo com suas políticas de controle de armas", disse Stacy Boylan na Fox News.

Desde o início do ano, os Estados Unidos registraram 296 tiroteios de massa em 274 dias, de acordo com o site Shootingtracker, que lista todos esses incidentes envolvendo pelo menos quatro vítimas, seja mortos ou feridos.

Acompanhe tudo sobre:ArmasEnsino superiorEstados Unidos (EUA)Faculdades e universidadesMortesPaíses ricos

Mais de Mundo

Brasil lançará aliança global contra a fome com ao menos US$ 25 bilhões no início da cúpula do G20

Starship: SpaceX lança foguete nesta segunda; veja como assistir

O que são ATACMS, mísseis dos EUA que podem ser usados ​​contra a Rússia

Deputada russa alerta que decisão de Biden sobre mísseis pode levar à Terceira Guerra Mundial