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Tio do presidente sírio é acusado na França de corrupção

Rifaat al-Assad foi detido e acusado por acobertar o desvio de recursos públicos, lavagem de dinheiro, assim como trabalho ilegal de funcionários não declarados


	Bashar: em exílio, ele foi acusado de construir uma fortuna considerável graças ao dinheiro fruto da corrupção e desvio de fundos públicos
 (Joseph Eid / AFP)

Bashar: em exílio, ele foi acusado de construir uma fortuna considerável graças ao dinheiro fruto da corrupção e desvio de fundos públicos (Joseph Eid / AFP)

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Da Redação

Publicado em 28 de junho de 2016 às 10h45.

O ex-vice-presidente sírio Rifaat al-Assad, tio do presidente Bashar al-Assad, foi acusado na França por suspeita de ter obtido uma fortuna imobiliária com o desvio de recursos públicos, anunciaram fontes ligadas à investigação.

Irmão do ex-presidente sírio Hafez al-Assad, que o afastou do poder nos anos 80, Rifaat al-Assad, de 78 anos, foi detido e acusado em 9 de junho por acobertar o desvio de recursos públicos, lavagem de dinheiro, assim como trabalho ilegal de funcionários não declarados.

Em um comunicado, a ONG Sherpa, especializada na defesa das vítimas de crimes econômico e que denunciou em 2013 e 2014 o caso de "bens mal adquiridos", celebrou a notícia.

No exílio desde os anos 80, entre Reino Unido, França e Espanha, Rifaat al-Assad foi acusado pela Sherpa de ter construído uma fortuna considerável graças ao dinheiro fruto da corrupção e desvio de fundos públicos na Síria.

Em um relatório de 2014, os investigadores avaliaram em quase 90 milhões de euros o valor global do patrimônio imobiliário adquirido na França por Rifaat al-Assad e sua família, por meio sobretudo de empresas luxemburguesas. Também identificaram quatros esposas oficiais e uma dezena de filhos.

O inventário incluía um castelo, imóveis nos bairros mais ricos de Paris, hotéis particulares, dois edifícios inteiros, entre outros. Os bens foram adquiridos entre 1984, quando chegou a França, e 1988.

Rifaat al-Asad foi durante muito tempo a mão-de-ferro de seu irmão mais velho Hafez (pai do atual presidente Bashar).

Acusado de ter coordenado a violenta repressão contra a Irmandade Muçulmana e sobretudo pela ofensiva na cidade síria de Hama em 1982, caiu em desgraça e foi obrigado a partir para o exílio dois anos depois.

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