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Tillerson diz que deixará cargo em 31 de março

Tillerson anunciou que esta noite delegará suas responsabilidades a seu assessor direto, John Sullivan

Rex Tillerson: "Todos nós queremos deixar este lugar como um lugar melhor para a próxima geração" (Leah Millis/Reuters)

Rex Tillerson: "Todos nós queremos deixar este lugar como um lugar melhor para a próxima geração" (Leah Millis/Reuters)

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EFE

Publicado em 13 de março de 2018 às 16h04.

Última atualização em 13 de março de 2018 às 16h45.

Washington - O até agora secretário de Estado dos Estados Unidos, Rex Tillerson, que foi demitido abruptamente nesta terça-feira pelo presidente Donald Trump, anunciou que esta noite delegará suas responsabilidades a seu assessor direto, John Sullivan, e deixará o governo no dia 31 de março depois de resolver assuntos administrativos.

"Agora voltarei à vida privada como um cidadão comum, um americano comum, orgulhoso da oportunidade que tive de servir ao meu país", disse Tillerson em uma declaração aos jornalistas no Departamento de Estado.

"Recebi uma ligação hoje do presidente dos Estados Unidos um pouco depois do meio-dia do Air Force One, e também falei com o chefe de gabinete da Casa Branca, (John) Kelly", explicou o recém demitido titular de Relações Exteriores dos EUA.

Tillerson não deu detalhes da sua conversa com Trump, que aconteceu quase quatro horas depois que o presidente anunciou no Twitter que lhe substituiria pelo atual diretor da Agência Central de Inteligência (CIA), Mike Pompeo.

Segundo alguns meios de comunicação, Tillerson se informou de sua demissão pelo tweet de Trump, embora no sábado passado tenha recebido uma ligação na qual Kelly lhe pedia para encurtar sua viagem pela África porque o presidente planejava fazer um anúncio relacionado com ele.

"Ao final do dia de hoje delegarei todas minhas responsabilidades do escritório do secretário ao subsecretário de Estado Sullivan. A minha comissão como secretário de Estado terminará na meia-noite de 31 de março", detalhou Tillerson.

Até então, se dedicará a resolver "alguns assuntos administrativos" relacionados com sua saída do cargo e a assegurar-se que há uma "transição fluente e ordenada" para quando Pompeo assumir o cargo, caso seja confirmado pelo Senado.

O até agora chefe da diplomacia americana dedicou seu último discurso a agradecer ao pessoal do Departamento de Estado e aos militares do país pelo "privilégio" de ter trabalhado com eles "durante os últimos 14 meses".

Não teve, notavelmente, nenhuma palavra de agradecimento para Trump, com o qual teve constantes desencontros sobre assuntos importantes como Irã, Coreia do Norte e Catar.

"Aos mais de 300 milhões de americanos, obrigado pelo seu compromisso com uma sociedade livre e aberta, com os atos de amabilidade uns com os outros, com a honestidade e o trabalho silencioso e duro que fazem a cada dia para apoiar este governo com os dólares dos seus impostos", afirmou Tillerson.

"Todos nós queremos deixar este lugar como um lugar melhor para a próxima geração", acrescentou.

Sullivan, que a partir desta noite será secretário de Estado interino, era desde maio do ano passado o assessor direto de Tillerson, e até então era um advogado sem experiência diplomática que trabalhou no Departamento de Comércio durante o governo de George W. Bush (2001-2009).

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