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Theresa May pune conservador histórico contrário ao Brexit

A demissão de Heseltine é interpretada como um aviso aos potenciais conservadores rebeldes da Câmara Alta

Michael Heseltine: ele foi a figura conservadora mais visível da Câmara dos Lordes a somar-se à oposição (Carl Court/Getty Images)

Michael Heseltine: ele foi a figura conservadora mais visível da Câmara dos Lordes a somar-se à oposição (Carl Court/Getty Images)

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AFP

Publicado em 8 de março de 2017 às 15h01.

O ex-vice-primeiro-ministro britânico e ex-ministro da Defesa Michael Heseltine foi afastado de seu posto de assessor do governo de Theresa May por ter liderado uma rebelião conservadora contra o Brexit.

Heseltine informou nesta quarta-feira que um membro do grupo parlamentar conservador o notificou de sua demissão depois da votação dos Lordes, na terça-feira.

"Minha preocupação desde o início vem de minha convicção de que o resultado do referendo é a decisão mais desastrosa em tempos de paz que vimos nesse país", afirmou à BBC Heseltine, protagonista da revolta interna que fez cair a ex-premiê Margaret Thatcher e figura-chave do governo de John Major.

Heseltine foi a figura conservadora mais visível da Câmara dos Lordes (alta) a somar-se à oposição para aprovar duas emendas à lei de saída da União Europeia.

A demissão de Heseltine é interpretada como um aviso para que os potenciais conservadores rebeldes da Câmara Alta se unam contra as emendas que estão sendo discutidas.

A Câmara dos Lordes britânica votou na terça-feira a favor de uma segunda emenda ao projeto de lei sobre a ativação do Brexit para permitir que o Parlamento decida sobre o acordo final com a União Europeia.

Os Lordes exigem que o Parlamento tenha a última palavra sobre o acordo final e todos os futuros acordos comerciais com a UE.

Como esperado, os membros não-eleitos da Câmara Alta do Parlamento adotaram, com o apoio dos trabalhistas, liberais-democratas e vários conservadores, a emenda por 366 votos contra 268.

O projeto de lei modificado deve agora retornar à Câmara dos Comuns que, após ser aprovado sem reservas em primeira leitura, discutirá mais uma vez o texto na próxima semana.

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