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The Economist destaca sucesso de Dilma e Marina nas urnas

Revista afirma que, com ou sem apoio de Marina, eleição da petista é cenário mais provável

Para alguém que disputou a presidência pela primeira vez, Dilma conseguiu um feito e tanto, diz The Economis (.)

Para alguém que disputou a presidência pela primeira vez, Dilma conseguiu um feito e tanto, diz The Economis (.)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h36.

São Paulo - A revista britânica The Economist destacou em sua edição desta quinta-feira (7/10) o desempenho das candidatas à presidência do Brasil Dilma Rousseff e Marina Silva. E ressaltou que, apesar do PT ter perdido votos no primeiro turno, a eleição da petista ainda é o cenário provável.

Sobre Dilma, a Economist observou que os 46,9% dos votos obtidos por ela foram um feito e tanto para quem chega à corrida presidencial pela primeira vez. Apesar disso, esta quantidade foi cerca de quatro pontos percentuais menor do que o previsto pelas pesquisas eleitorais.

E impediu a vitória de Dilma no primeiro turno, lembra a matéria, foi Marina Silva, e não o principal adversário do PT, José Serra (PSDB). "Nas pesquisas de opinião, Marina ficava com algo em torno de 10% dos votos. Mas no dia das eleições, ela obteve surpreendentes 19,3% dos votos. Isto faz dela a candidata a melhor terceira colocada na história eleitoral brasileira no período pós-ditatorial", diz o texto.

A reportagem compara Marina a Lula e cita como pontos comuns entre os dois o fato de ambos terem origem humilde e serem dotados de atrativos que os fazem ter maior destaque que seus próprios partidos.

Como fruto da popularidade de Marina, Dilma e Serra agora "cortejam a candidata, esperando herdar seus votos", lembra a Economist. Até o momento, Marina não se pronunciou a favor de nenhum dos candidatos.

Entretanto, a revista britânica observa que o apoio de Marina será pouco relevante na disputa entre Dilma e Serra. A reportagem ouviu especialistas brasileiros, dentre eles, Alberto Almeida, do Instituto Análise. Ele afirma que, em 70% dos casos, quem lidera a votação no primeiro turno tende a vencer o segundo.

Para o PSDB, segundo a Economist, restam as más notícias. Além da derrota, fica claro o mau desempenho de José Serra durante sua campanha. "Ele falhou ao não conseguir atrair tanto os eleitores mais jovens, que não se lembram de quando o PSDB controlou a hiperinflação dos anos 1990, quanto a classe mais pobre do nordeste, em cujos corações Lula impera."

Já quando se fala no PT, sobram boas novas. Além da vitória provável, a revista lembra que Dilma governará com um Congresso amplamente favorável. "Ela terá a seu favor mais de três quintos da Câmara e do Senado. Em nenhum de seus mandatos Lula comandou o país contando com tal apoio. Isso o impediu de fazer muito do que ele queria", diz o texto.

Leia mais: Se eleita, Dilma contará com um Congresso mais coeso que o de Lula

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