Um juiz federal na Califórnia afirmou que esse tipo de teste deve ser limitado aos casos no qual a relação pais e filhos não podem ser estabelecidas por meio de documentos (Daniel Becerril/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 11 de julho de 2018 às 15h52.
Última atualização em 11 de julho de 2018 às 15h54.
Especialistas médicos alertaram nesta quarta-feira, 11, que testes de DNA de crianças imigrantes separadas de seus pais nos EUA podem causar traumas para as famílias revelando que um pai, por exemplo, pode não ter conexão biológica com o filho.
A administração Trump insiste que o teste de DNA é a maneira mais rápida do que autenticar documentos para reunir as famílias separadas na fronteira após fazer a travessia ilegalmente. Fontes do governo também argumentam que os testes de DNA são uma proteção e uma maneira de saber se a criança está sendo levada por alguém que não seja seus pais biológicos.
Mas um juiz federal na Califórnia afirmou que esse tipo de teste deve ser limitado aos casos no qual a relação pais e filhos não podem ser estabelecidas por meio de documentos.
Especialista em ética médica da New York University School of Medicine, Arthur Capla diz que seria uma irresponsabilidade fazer o teste de DNA sem um aconselhamento competente para lidar com eventuais descobertas genéticas.