Breivik ontem terminou sua reconstituição após cinco dias de declarações (Hakon Mosvold Larsen/AFP)
Da Redação
Publicado em 24 de abril de 2012 às 19h15.
Copenhague - Várias testemunhas e peritos policiais ajudaram a reconstituir nesta terça-feira, durante o julgamento do extremista Anders Behring Breivik, o atentado com uma caminhonete bomba que causou a morte de oito pessoas em 22 de julho do ano passado no complexo governamental de Oslo, na Noruega.
O segurança Tor Inge Kristoffersen, que estava trabalhando no local neste dia, foi a primeira das mais de 150 pessoas que testemunharão no processo contra Breivik, que disse que após o ataque essa área do centro da capital norueguesa se tornou uma ''zona de guerra''.
Quem também testemunhou foi o perito em explosivos Svein Olav Christensen, que revelou que a bomba usada por Breivik tinha uma potência entre 400 e 700 quilos de trinitrolueno (TNT), e que para derrubar a sede do governo, pretensão inicial do extremista, deveria ser usado o dobro de carga.
Já Thor Langli, líder da operação policial no dia do crime, relatou como nos primeiros momentos do ocorrido recebeu informações confusas sobre o autor do atentado, o número de terroristas envolvidos e a possibilidade de existirem mais bombas.
Além disso, explicou que quando chegaram notícias sobre o massacre de Utoeya, soube no momento que os dois atentados estavam relacionados.
Nessa ilha, a 45 quilômetros ao oeste de Oslo, Breivik, que ontem terminou sua reconstituição após cinco dias de declarações- perpetrou um massacre contra a juventude do Partido Trabalhista no qual morreram 69 pessoas, quase todos menores de 20 anos.
Durante o sétimo dia de julgamento, que está previsto para demorar dez semanas, também foram exibidas imagens dos danos causados pela bomba no centro de Oslo e foi reconstituído como ocorreram algumas mortes, processo que continuará amanhã.