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Terroristas do aeroporto de Istambul queriam fazer reféns

Ao menos 44 pessoas perderam a vida e mais de 260 ficaram feridas na terça-feira em um triplo atentado suicida no aeroporto


	Terroristas: "Os casacos que vestiam para ocultar suas cargas explosivas, apesar do calor, chamaram a atenção de civis e de um oficial de polícia"
 (Haberturk Newspaper / Reuters)

Terroristas: "Os casacos que vestiam para ocultar suas cargas explosivas, apesar do calor, chamaram a atenção de civis e de um oficial de polícia" (Haberturk Newspaper / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 1 de julho de 2016 às 09h27.

Os três suicidas do ataque ao aeroporto de Istambul planejavam tomar como reféns dezenas de viajantes dentro do terminal de Ataturk antes de detonar seus explosivos, informou nesta sexta-feira um jornal turco.

Ao menos 44 pessoas perderam a vida e mais de 260 ficaram feridas na terça-feira em um triplo atentado suicida, o mais violento de uma série de ataques em Istambul desde o início do ano.

Segundo o jornal Sabah, próximo ao governo, o balanço do massacre poderia ter sido maior se os criminosos não tivessem sido interceptados na entrada do terminal por um oficial de polícia.

"Os casacos que vestiam para ocultar suas cargas explosivas, apesar do calor, chamaram a atenção de civis e de um oficial de polícia", indicou o jornal.

Vários meios de comunicação turcos publicaram imagens das câmeras de vigilância do aeroporto, mostrando três homens que usavam casacos escuros e, dois deles, bonés de beisebol.

Após a detenção na quinta-feira de 13 pessoas em Istambul - nove delas estrangeiras - e de outras nove na província ocidental de Esmirna, aumentam os detalhes sobre os terroristas suicidas, um russo, um uzbeque e um quirguiz, segundo as autoridades turcas.

Estas autoridades apontam o grupo Estado Islâmico (EI) como autor do atentado, embora a organização jihadista não tenha reivindicado o ataque.

Segundo o jornal Hürriyet, os três terroristas alugaram um apartamento no bairro de Fatih, densamente povoado por sírios, palestinos, libaneses e jordanianos, pagando adiantado 24.000 libras turcas (7.500 euros) por um ano.

Uma vizinha, que nunca os viu, relatou ao jornal que se queixou às autoridades dos odores químicos que saíam do apartamento depois da meia-noite. "Fui ver o Mukhtar (responsável do bairro) que me enviou para a prefeitura".

"A polícia veio me ver após os ataques. Vivi em cima de bombas", disse a mulher.

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