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Terroristas de praia e de Museu da Tunísia treinaram juntos

Responsável por ataque na praia de Sousse foi treinado em base jihadista na mesma época que os dois responsáveis pelo atentado ao Museu do Bardo, na Tunísia


	Descoberta confirma que presença do Estado Islâmico na Líbia, país vizinho, tornou-se uma ameaça direta para a Tunísia
 (Reprodução)

Descoberta confirma que presença do Estado Islâmico na Líbia, país vizinho, tornou-se uma ameaça direta para a Tunísia (Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 30 de junho de 2015 às 19h06.

Tunis - O jovem universitário tunisiano de 25 anos, Seifeddine Rezgui, responsável pelo ataque na praia de Sousse, na Tunísia, que deixou 38 mortos, foi treinado em uma base jihadista no leste da Líbia na mesma época que os dois terroristas responsáveis pelo atentado no Museu Nacional do Bardo, em Tunis, em março, informou Rafik Chelli, Secretário de Estado do Ministério do Interior, nesta terça-feira.

A descoberta confirma a constatação de que a forte presença do grupo Estado Islâmico na Líbia, país vizinho, tornou-se uma ameaça direta para a Tunísia, o único país da região que tornou-se uma democracia sólida após a Primavera Árabe.

"Foi confirmado que o terrorista foi treinado na Líbia no mesmo período que os responsáveis pelo atentado no Museu do Bardo", disse Rafik Chelli. "Ele atravessou a fronteira em sigilo", declarou.

Logo após o ataque terrorista, que ocorreu na semana passada, o governo da Tunísia, país que recebe muitos turistas, foi criticado pela falta de segurança, principalmente após ficar claro que turistas são o principal alvo dos ataques, como o ocorrido no Museu do Bardo em março.

O presidente do país, Beji Caid Essebsi, declarou nesta terça-feira que o reforço na segurança estava programado para entrar em vigor apenas alguns dias após o ataque.

"Não é um sistema perfeito - nós realmente ficamos surpresos com o ataque", disse o presidente. "Nós tomamos medidas para o mês do Ramadã, mas nunca pensamos que os ataques poderiam ocorrer nas praias com turistas e o sistema de proteção estava programa para iniciar em julho", comentou.

Essebsi acrescentou que uma investigação sobre falhas na segurança está ocorrendo e que agora policiais estarão armados em locais turísticos, como as praias, e reservistas do exército foram convocados.

Pelo menos 25 das vítimas do ataque eram de nacionalidade britânica, de acordo com os dados mais recentes divulgados pelo ministério da Saúde.

Do total de 38 vítimas, 33 já foram identificadas, sendo 3 irlandesas, 2 alemães, um belga, um português e um russo. 

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