Placa na estrada indica campo de exploração de gás de Amenas: brigada é liderada pelo argelino Mojtar Belmojtar, que é ligado ao grupo terrorista Al Qaeda no Magrebe Islâmico (Kjetil Alsvik/Statoil/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 17 de janeiro de 2013 às 20h24.
Argel - O grupo armado que atacou na quarta-feira um complexo de gás no sudeste da Argélia ainda mantém um número indeterminado de pessoas sequestradas em uma parte da central, disseram fontes oficiais à agência estatal "APS".
Fontes da província de Ilizi, onde se encontra o complexo, afirmaram que existem reféns na parte da usina onde ficam as instalações de gás.
Segundo a agência, as fontes disseram que o Exército realizou hoje uma operação terrestre contra a zona residencial do complexo, onde se encontrava o maior número de pessoas retidas.
As autoridades argelinas informaram há algumas horas sobre o fim da operação de resgate realizada pelo Exército para libertar centenas de trabalhadores argelinos e dezenas de estrangeiros mantidos como reféns no complexo.
Na operação, sobre a qual não se informou o número de vítimas, foram resgatados 600 argelinos e quatro estrangeiros, segundo as fontes oficiais.
O ataque ao complexo (explorada pela empresa estatal argelina Sonatrach, a britânica BP e a norueguesa Statoil) e o sequestro foram reivindicados por um grupo chamado Signatários com Sangue, que faz parte da Brigada dos Mascarados.
A brigada é liderada pelo argelino Mojtar Belmojtar, que é ligado ao grupo terrorista Al Qaeda no Magrebe Islâmico (AQMI), e que segundo o ministro do Interior argelino, Dahu Ould Kablia, preparou, lançou e supervisionou o ataque da Líbia.
O grupo de Belmojtar disse que a ação é uma resposta ao apoio da Argélia às tropas francesas que desde sexta-feira passada combatem juntos ao Exército malinês os grupos jihadistas que controlam as províncias centrais do Mali.
Um porta-voz jihadista declarou hoje pela manhã à agência mauritana "ANI" que 35 reféns e 15 sequestradores morreram em um bombardeio do Exército argelino contra o complexo de gás.
No entanto, o governo de Argel não fez comentários sobre o assunto e não divulgou números de eventuais vítimas, além do cidadão argelino e do britânico que morreram ontem durante o ataque inicial ao complexo, no qual outras seis pessoas ficaram feridas.