Emblema da Otan: "Seis membros do Apoio Decidido morreram em um ataque com um veículo que carregava uma bomba improvisada" (John Thys/AFP)
Da Redação
Publicado em 21 de dezembro de 2015 às 11h23.
Cabul - Pelo menos seis membros da Otan morreram e outras seis pessoas ficaram feridas em um ataque com explosivos realizado por um terrorista suicida nesta segunda-feira contra tropas afegãs e internacionais no Afeganistão e cuja autoria foi reivindicada por talibãs, informaram à Agência Efe fontes oficiais.
"Seis membros da (missão) Apoio Decidido morreram em um ataque com uma moto que carregava uma bomba improvisada em Bagram", disse o coronel Michael Lawhorn, porta-voz da Otan no país asiático.
O terrorista também morreu no atentado, segundo Lawhorn.
O militar americano acrescentou que outros três membros da missão "ficaram feridos no ataque", mas não revelou a nacionalidade de nenhuma das vítimas.
Lawhorn disse que a bomba colocada na moto foi detonada nas imediações do Aeroporto de Bagram, principal base militar dos EUA no país, e que o terrorista também morreu no atentado.
O chefe de segurança na província de Parwan, onde aconteceu o atentado, Zia-ul-Rahman Sayedkhili, afirmou que "o terrorista estava com um colete suicida em um moto repleta de explosivos e atacou uma patrulha conjunta" de forças afegãs e da Otan.
"Três policiais afegãos ficaram feridos", acrescentou Sayedkhili, que confirmou que os outros feridos são "soldados" da Otan.
O atentado aconteceu por volta das 13h30 (hora local; 7h de Brasília) quando os militares patrulhavam o distrito de Bagram, declarou Wahidullah Sediqi, porta-voz do governador da província.
Os talibãs, que assumiram a autoria do ataque, divulgaram um comunicado no qual disseram que o número de americanos mortos foi de 19. "Pouco depois do ataque, chegaram helicópteros americanos, cercaram a área e evacuaram seus mortos e feridos", diz a nota.
A Otan anunciou que manterá 12 mil soldados no Afeganistão ao longo de 2016 em sua operação de assessoria a forças afegãs, o triplo de sua presença atual, ante a situação de insegurança no país.
Os Estados Unidos, por sua vez, tem 9.800 soldados no país asiático, dos quais cerca da metade permanecerá além do final do mandato do presidente Barack Obama, em janeiro de 2017.
Texto atualizado às 12h23.