Xinjiang Tianshan, China: abalo obrigou, no entanto, a suspensão temporária dos serviços ferroviários e causou danos em cerca de mil edificações (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 13 de fevereiro de 2014 às 08h07.
Pequim - O forte terremoto de 7,3 graus que abalou ontem a região de Xinjiang, no noroeste da China, não causou vítimas, mas obrigou a suspensão temporária dos serviços ferroviários e causou danos em cerca de mil edificações, entre elas 65 que desabaram, informou nesta quinta-feira a agência "Xinhua".
Muitas das estruturas danificadas eram estábulos, por isso o terremoto causou a morte de 185 cabeças de gado, afirmaram as autoridades regionais através da agência oficial.
O terremoto foi sentido com força em várias cidades do sul da região, como Hotan e Moyu, e obrigou a suspensão do serviço de trens entre as duas localidades, o que afetou 531 passageiros, com atrasos de várias horas nas viagens.
O terremoto, com epicentro localizado a 23 quilômetros de profundidade, aconteceu às 17h19 locais na comarca de Yutian da Prefeitura de Hotan, uma região habitada principalmente pela etnia muçulmana uigur e escassamente povoada, próxima da fronteira regional com o Tibete, com altitude média de 5 mil metros.
A mesma área sofreu uma réplica de 5,7 graus poucos minutos depois e, um dia antes, também foi atingida por um tremor de 5,4 graus.
Xinjiang, Tibete e outras regiões do oeste da China são frequentemente afetadas por terremotos, devido à proximidade com o ponto de atrito da placa tectônica asiática com a indiana, mas a baixa densidade populacional na área faz com que em muitas ocasiões os tremores ocorram em áreas praticamente desabitadas.
Após o terremoto de ontem, o presidente da China, Xi Jinping, ordenou um aumento dos esforços para garantir a segurança dos moradores da região afetada, para a qual foi enviada uma equipe de especialistas para analisar as condições geológicas.