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Terremoto causa 65 mortes no sudoeste do Paquistão

Uma fonte do Exército paquistanês disse que 200 soldados foram deslocados à área mais afetada para ajudar nas tarefas de assistência aos desabrigados


	Paquistão: país está situado em uma área sensível na qual confluem três importantes placas tectônicas. Por isso, movimentos telúricos são muito frequentes, especialmente em Baluchistão
 (SXC.Hu)

Paquistão: país está situado em uma área sensível na qual confluem três importantes placas tectônicas. Por isso, movimentos telúricos são muito frequentes, especialmente em Baluchistão (SXC.Hu)

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Da Redação

Publicado em 24 de setembro de 2013 às 15h23.

Nova Délhi - Pelo menos 65 pessoas morreram nesta terça-feira afetadas por um terremoto de 7,7 graus na escala Richter registrado no Paquistão, que abalou a província de Baluchistão, no sudoeste do país, segundo informações das forças de segurança.

O porta-voz da Autoridade Nacional de Gestão de Desastres (NDMA), Kamran Zia, afirmou à Agência Efe que as forças de segurança paquistanesas contabilizaram 65 mortos, embora o organismo tenha confirmado apenas 33.

O número de feridos ainda não foi informado oficialmente.

Zía detalhou que, apesar de o epicentro do terremoto esteja localizado na região de Khuzdar, a dez quilômetros de profundidade, a maioria das vítimas estava no distrito de Awaran, a mais de 200 quilômetros de distância do local em que se gerou o tremor.

O porta-voz da NDMA acrescentou que houve danos a estradas e casas e com isso o número de vítimas pode aumentar, já que algumas pessoas podem ter ficado presas entre escombros.

O Governo de Baluchistão decretou alerta máximo em todos os distritos da província e, segundo Zía, os hospitais regionais estão em situação de emergência diante da possibilidade de se aumentar consideravelmente o número de afetados.

Uma fonte do Exército paquistanês disse à Efe que 200 soldados foram deslocados à área mais afetada para ajudar nas tarefas de assistência aos desabrigados.

O canal público de televisão do Paquistão, "PTV", divulgou que foram registradas quatro réplicas do terremoto, a última delas de 5,6 graus.

Além de Baluchistão e sua capital, Quetta, o terremoto foi sentido em importantes áreas da província de Sindh e de sua capital, Karachi, a metrópole mais povoada do país, com 18 milhões de habitantes, e até em regiões da Índia.


Em comunicado, o primeiro-ministro paquistanês, Nawaz Sharif, lamentou "a perda de vidas humanas e propriedades devido ao terremoto" e pediu às autoridades locais para destinarem "toda a ajuda necessária aos afetados de maneira prioritária".

O Paquistão está situado em uma área sensível na qual confluem três importantes placas tectônicas. Por isso, os movimentos telúricos são muito frequentes, especialmente em Baluchistão.

Apesar de ser a província mais extensa do país, Baluchistão é a mais desabitada de todas e tem a menor densidade demográfica no terço meridional do território, o local onde hoje aconteceu o terremoto.

Em abril, um terremoto de 7,8 graus na escala Richter, com epicentro na cidade iraniana de Saravan, causou a morte de pelo menos 32 moradores da região de Mashkil, também em Baluchistão.

Além disso, houve grandes abalos sísmicos na região em janeiro de 2011 (7,2 graus), embora apenas uma pessoa tenha se ferido por se tratar de uma área desértica.

Em outubro de 2008, houve um tremor de menor intensidade (6,2 graus), mas com maior impacto. Nesse caso, morreram pelo menos 157 pessoas, pois o epicentro se situou perto de Quetta, em uma área mais povoada.

Nenhum desses terremotos causou, no entanto, os estragos do tremor de terra que, em 2005, com uma magnitude de 7,6 graus, sacudiu a região histórica da Caxemira, com força particular no nordeste paquistanês, que matou 80 mil pessoas.

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