Eleição: (Joe Raedle / Reuters)
AFP
Publicado em 8 de novembro de 2016 às 21h37.
Enquanto Donald Trump era alvo de piadas em redes sociais pelo olhar furtivo "fiscalizando" a esposa na hora do voto, Hillary contava com o ressurgimento da 'irmandade dos terninhos viajantes' e Barack Obama jogava sua tradicional partida de basquetes.
Seguem curiosidades do dia de votação de uma das eleições presidenciais americanas mais polarizadas da história.
A manhã de Trump não foi das mais agradáveis. Quando chegou ao centro de votação, o candidato republicano foi recebido por conterrâneos aos gritos de "Nova York odeia você!"
Os problemas do bilionário nova-iorquino não acabam por aí. Flagrado por uma câmera dando uma espiada na urna eletrônica na hora que sua esposa Melania votou, abriu brecha para piadas prontas nas redes sociais.
"Donald Trump não confia sequer no voto de Melania", brincou o usuário @cafedotcom.
Curiosamente, o filho de Trump, Eric, fez o mesmo com a própria esposa, Lara Yunaska. @JuddLegum não perdoou, com o tuite "Tal pai, tal filho."
Como se não bastasse, Eric Trump se envolveu em outra polêmica na hora de votar: postou uma foto da sua cédula, o que é proibido em alguns estados, como Nova York, justamente. O castigo foi imediato: ativistas democratas entraram com uma ação na justiça contra ele.
Ao se tornar a primeira mulher a concorrer disputa final pela Casa Branca por um grande partido, Hillary colocou o terninho feminino de novo na moda.
Em 2008, quando perdeu para Obama nas primárias democratas, a ex-primeira dama fez questão de agradecer "a irmandade dos terninhos viajantes".
Oito anos depois, o traje voltou com toda força. Começou com um pequeno grupo no Facebook, o 'Pantsuit Nation', com apenas 50 partidárias prometendo usar um terninho na hora de votar para mostrar o apoio a Hillary.
A onda foi crescendo, até se transformar em verdadeiro tsuname, com mais de 2,2 milhões de membros.
Até a diva do pop Beyonce trocou as roupas sensuais que costuma usar nos palcos por um terninho quando cantou em um comício da candidata democrata em Cleveland, na última sexta-feira.
Um dos grandes desafios dos assessores da campanha de Hillary Clinton foi tentar quebrar a imagem de 'durona' da candidata.
Para reverter esse quadro, tiveram a ideia de aderir ao #MannequinChallenge, uma campanha que viralizou na internet, na qual pessoas publicam fotos em poses 'congeladas', como se fossem manequins de loja.
Foi publicada então uma foto da própria Hillary com sua equipe no avião, ao lado do marido Bill Clinton e do cantor de rock Jon Bon Jovi, todos de 'manequim', com a mensagem: "não fique parado, vote".
https://twitter.com/HillaryClinton/status/795955854059171840
O polêmico cantor de rock pesado Marilyn Manson não poderia deixar o dia de eleição passar em branco: fez questão de postar um vídeo que mostra a execução de uma personagem cuja semelhança com Trump não parece ser mera coincidência.
"SAY10," faixa do próximo disco do atleta, mostra Manson sentado em um trono e rasgando páginas de uma bíblia, antes de decapitar um homem de terno que remete ao candidato republicano.
O cantor é conhecido pelas posturas provocativos, mas não costuma se envolver com política.
Antes da divulgação desse vídeo coro dos partidários de Hillary foi puxado por artistas como Lady Gaga, Beyonce and Bruce Springsteen, mas sem ofensas contra Trump.
Para perpetuar a tradição que iniciou nas eleições em que ele era candidato, o presidente atual, Barack Obama jogou basquete com amigos, um ritual com ares de superstição.
Aos 55 anos, ao final de dois mandados, Obama não tem mais o vigor de um garoto e vem passando mais tempo nos campos de golfes do que nas quadras ultimamente.
Pelo menos, no jogo desta terça-feira, ele não repetiu o papelão de 2010: na ocasião, ao invés de marcar pontos com suas cestas certeiras, levou 12 pontos no lábio depois de uma cotovelada.