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Termelétrica com etanol é pioneira no mundo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva inaugurou terça o processo de conversão da usina termelétrica Juiz de Fora para operar com etanol.

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DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h41.

A usina, que faz parte do parque gerador da Petrobras, operava apenas com gás natural e agora é flex fuel (bicombustível). Inédita no mundo, a operação com etanol, iniciada no último dia 31 de dezembro, está em testes para otimização.

"Essa conversão é a primeira no mundo, é a primeira vez que se gera energia elétrica a partir do etanol", explicou o gerente executivo de Operações e Participações em Energia da Petrobras, Alcides Santoro, em entrevista coletiva técnica realizada no final da tarde de segunda, em Juiz de Fora (MG).

"Tal qual o carro flex fuel, a usina é totalmente flex. Posso passar do gás para o álcool e do álcool para o gás instantaneamente", explicou.

Santoro disse que a escolha da unidade mineira para a conversão foi motivada principalmente pela disponibilidade de área e pelas turbinas derivadas do uso aeronáutico, que já eram utilizadas na UTE JF. "Esse tipo de turbina facilita a conversão", afirmou o gerente.

A usina usa duas turbinas aeroderivadas GE LM 6000, fabricadas pela General Electric (GE), e tem capacidade total instalada de 87 MW. Conectada ao Sistema Interligado Nacional (SIN), ela tem contratos de fornecimento de energia até 2020. Apenas uma dessas turbinas, com capacidade instalada de 43,5 MW (o suficiente para abastecer uma cidade de 150 mil habitantes), está adaptada para utilizar também o etanol.

A instalação dos equipamentos na turbina foi realizada no Brasil, na Oficina de Turbo Máquinas da Petrobras, em Macaé. Por meio de um acordo com a Petrobras, a GE acompanha os testes e terá o direito de utilizar os dados obtidos para aperfeiçoamento e comercialização da tecnologia para outras usinas no mundo.

"Cerca de 90% dos materiais e equipamentos para a infraestrutura de recebimento, armazenagem e transferência do etanol para a turbina são nacionais. Em relação aos equipamentos adquiridos para conversão da turbina, o percentual é de 5%", informou, ainda, a Petrobras.

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