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Tepco faz primeiras medições detalhadas de radiação em usina de Fukushima

A empresa elaborou um mapa que mostra a radiação em 150 pontos em torno das unidades 1, 2, 3 e 4 da central

Usina de Fukushima: especialistas esperam que radiação vá para o Oceano Pacífico (AFP)

Usina de Fukushima: especialistas esperam que radiação vá para o Oceano Pacífico (AFP)

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Da Redação

Publicado em 4 de maio de 2011 às 08h42.

Tóquio - A Tokyo Electric Power (Tepco), operadora da usina nuclear de Fukushima, realizou as primeiras medições detalhadas de radiação dentro da unidade, quase um mês e meio depois do devastador tsunami do dia 11 de março, informou neste domingo a agência local "Kyodo".

Para isso, a empresa elaborou um mapa que mostra a radiação em 150 pontos em torno das unidades 1, 2, 3 e 4 da central, que os trabalhadores da Tepco tentam estabilizar depois que o tsunami danificou seu sistema de refrigeração.

O mapa, pensado para que os trabalhadores evitem áreas altamente contaminadas, é atualizado periodicamente e é enviado aos técnicos, ao Ministério de Indústria e à Agência de Segurança Nuclear do país.

As medições, com dados de quarta-feira passada pela noite, mostram um fragmento de entulho perto do reator 3 que registra uma radiação de 900 milisieverts por hora, segundo a "Kyodo".

Um trabalhador exposto a este nível de radioatividade alcançaria em apenas 17 minutos o máximo de 250 milisieverts estabelecido pelo Governo como limite anual para os operários que trabalham em Fukushima.

Os técnicos acreditam que a peça contaminada seja resultado da explosão que aconteceu no dia 13 de março por causa da combustão de hidrogênio na unidade 3.

O fragmento foi retirado com maquinaria manuseada por controle remoto e hospedada no interior de um contêiner especial com mais escombros.

Para evitar que os operários se exponham a altos níveis de radiação, a empresa usa este método para retirar os escombros.

Outra peça procedente do reator 3 registrava 300 milisieverts, enquanto a superfície de um encanamento utilizada para levar água contaminada da unidade 2 até um contêiner especial registrou entre 75 e 86 milisieverts, detalhou a "Kyodo".

Até agora 30 técnicos foram expostos a mais de 100 milisieverts, o limite anual habitual em situações de emergência nuclear, embora no caso de Fukushima o Governo o tenha elevado a 250 perante a gravidade da situação.

Enquanto isso, continuam os esforços para esfriar os reatores 1, 2 e 3 da central e a piscina de combustível do 4, na qual a Tepco injetou neste sábado 140 toneladas de água que conseguiram diminuir a temperatura nesse recipiente de 86 para 66 graus centígrados.

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