Tanque de armazenamento de água radioativa sendo construído na usina de Fukushima, administrada pela TEPCO (Reuters)
Da Redação
Publicado em 20 de agosto de 2013 às 00h02.
Tóquio - A Tokyo Electric Power (TEPCO), operadora da usina nuclear de Fukushima, detectou a presença de poças de água radioativa junto aos tanques de armazenamento deste material, as quais poderiam ser fruto de novos vazamentos, informou nesta terça-feira a agência "Kyodo".
Devido ao alto nível de radiação detectado sobre as poças, de 100 milisievert por hora, a Tepco admitiu que o líquido encontrado poderia ser de água filtrada dos tanques, usado justamente para armazenar o material usado previamente para esfriar os reatores.
A operadora estima que o volume destas poças seja de 120 litros e, inclusive, negou que esta água tenha vazado ao oceano, em frente à central.
No entanto, a Autoridade de Regulação Nuclear japonesa (NRA) ordenou uma exaustiva avaliação no local, já que, apesar de haver uma barreira em torno do espaço ocupado pelos tanques para evitar possíveis vazamentos, é provável que a água possa ter saído por uma das válvulas de drenagem que não foi fechada.
Como uma das poças foi encontrada fora do perímetro que rodeia os tanques, a NRA teme que a água possa ter vazado ao mar através de alguma tubulação.
Atualmente, o maior desafio na central de Fukushima, consideravelmente afetada pelo terremoto de março de 2011, é a acumulação de água contaminada nos porões dos edifícios dos reatores, que aumenta aproximadamente 400 toneladas diárias.
Este acumulo provém do liquido utilizado para refrigerar as unidades e da água subterrânea proveniente das zonas contíguas, que também é filtrada.
No último dia 7 de agosto, o governo japonês advertiu que ao menos 300 toneladas de água radioativa vazavam diariamente ao mar, enquanto a TEPCO tomou medidas como a construção de um muro isolante sob a terra e a extração do líquido mediante ao bombeamento.
Além disso, junto ao governo, que decidiu se envolver para solucionar o problema, a operadora adotou outras soluções, como a de congelar o solo ao redor dos reatores para bloquear a passagem da água.