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Teoria de fuga do vírus de laboratório chinês é pouco provável, afirma OMS

A equipe visitou o Instituto de Virologia de Wuhan de onde, segundo algumas acusações e o ex-presidente americano Donald Trump, o vírus teria saído, por acidente ou não

OMS: até o momento não foram encontradas provas para respaldar tais hipóteses.  (AFP/AFP)

OMS: até o momento não foram encontradas provas para respaldar tais hipóteses.  (AFP/AFP)

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AFP

Publicado em 4 de fevereiro de 2021 às 14h39.

Última atualização em 4 de fevereiro de 2021 às 15h57.

O líder da equipe da Organização Mundial da Saúde (OMS) que investiga a origem da pandemia em Wuhan, no centro da China, classificou nesta quinta-feira (4) como pouco provável que o coronavírus tenha saído de um laboratório, uma tese que seria, afirmou, um "excelente roteiro" para um filme.

Peter Ben Embarek integra a equipe de 10 especialistas da OMS que chegou à China em janeiro para investigar a origem da covid-19.

A equipe visitou na quarta-feira o Instituto de Virologia de Wuhan de onde, segundo algumas acusações e o ex-presidente americano Donald Trump, o vírus teria saído, por acidente ou não.

Este é o local mais polêmico visitado até o momento pela equipe.

"Se começarmos a seguir e perseguir fantasmas aqui e em outros lugares, nunca vamos chegar a lugar nenhum", disse Ben Embarek por telefone de Pequim.

A visita ao instituto foi "um passo importante (para) entender de onde vêm estas histórias", segundo o especialista em segurança alimentar, que trabalhou para a OMS em Pequim no início da década de 2010.

"E conseguimos, de forma racional (...) explicar porque algumas delas são totalmente irracionais, porque algumas delas podem fazer sentido, e porque algumas delas podem ser explicadas ou não", disse.

O Instituto de Virologia de Wuhan tem, desde 2012, um laboratório de alta segurança P4 para patógenos muito perigosos, que abriga cepas de vírus como o do ebola, que a OMS conseguiu visitar.

Ben Embarek disse que teve "conversas muito francas" com os interlocutores chineses.

Antes de deixar o posto de chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Mike Pompeo voltou a fazer acusações contra o Instituto de Virologia de Wuhan em janeiro.

Mas, até o momento, não foram encontradas provas para respaldar tais hipóteses.

Todas as conjecturas seriam "excelentes roteiros para filmes e séries", disse o coordenador da equipe da OMS, que prometeu "seguir a ciência e os fatos" para chegar a uma conclusão sobre a origem da pandemia.

Ben Embarek afirmou que a delegação deve concluir a missão em Wuhan na próxima semana.
"Não vamos alcançar uma compreensão completa das origens deste vírus, mas será um bom primeiro passo", disse ele.

"Será uma maneira muito robusta e clara que definiremos sobre como seguir adiante".

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