Mundo

Tensão no campus da USP continua

Ninguém ficou ferido, mas o clima de tensão continuou na universidade, com aulas suspensas, assembleias estudantis e barricadas na entrada de prédios

Reitoria da USP (Divulgação/USP)

Reitoria da USP (Divulgação/USP)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de novembro de 2011 às 19h59.

São Paulo - A ocupação da Reitoria da Universidade de São Paulo (USP), iniciada no dia 1.º, terminou hoje com a ação da Tropa de Choque da Polícia Militar e a prisão dos 73 estudantes que estavam no local. Ninguém ficou ferido, mas o clima de tensão continuou na universidade, com aulas suspensas, assembleias estudantis e barricadas na entrada de prédios. A PM informou que manterá dois pelotões na área por tempo indeterminado.

A desocupação teve início às 5h10. Munidos de cassetetes, escudos e armas com balas de borracha, 400 policiais arrombaram um portão que dá acesso à Reitoria e foram de encontro aos estudantes, com apoio aéreo de dois helicópteros Águia. O prédio de seis andares, foi cercado. Às 5h25, grande parte do estudantes já havia sido retirada, pacificamente. Um grupo de alunos ainda realizou um protesto, com palavras de ordem contra a ação. Dois estudantes tentaram furar o bloqueio feito pelos PMs. Um deles foi detido.

O efetivo empregado pela corporação, segundo o comando no local, foi necessário para garantir a integridade física de todos. “Esse efetivo foi deslocado para a universidade justamente para que tudo ocorresse pacificamente”, afirmou a coronel Maria Aparecida de Carvalho.

Na sequência, os alunos foram revistados, embarcados no ônibus da Polícia Militar e levados para o 91.º Distrito Policial.

Entre os presos, há quatro funcionários da universidade - uma diretora do Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp). Os demais são estudantes, principalmente dos cursos de Ciências Humanas e simpatizantes da principal reivindicação: a expulsão da PM do câmpus.

À tarde, uma passeata com cerca de 150 estudantes marchou do câmpus até a delegacia. Eles chegaram gritando palavras de ordem contra a PM e a favor dos detidos: “Libertem nossos presos! Libertem nossos presos!” Todos pararam na porta. A entrada foi impedida pela Força Tática e pela Rocam, que montaram uma barreira com escudos e cassetetes.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:Ensino superiorFaculdades e universidadesPolítica no BrasilProtestosUSP

Mais de Mundo

Netanyahu oferece quase R$ 30 milhões por cada refém libertado que permanece em Gaza

Trump escolhe Howard Lutnick como secretário de Comércio

Ocidente busca escalada, diz Lavrov após 1º ataque com mísseis dos EUA na Rússia

Biden se reúne com Lula e promete financiar expansão de fibra óptica no Brasil