Tempestade: "Após uma noite fatídica em partes do país, estamos começando a perceber a escala da tragédia que nos atingiu" (Juan Carlos Ulate/Reuters)
Reuters
Publicado em 25 de novembro de 2016 às 16h24.
San José - A tempestade tropical Otto matou ao menos quatro pessoas e obrigou milhares a partir depois de assolar a Nicarágua e a Costa Rica com ventos dignos de um furacão e chuvas torrenciais, seguindo depois para o Oceano Pacífico.
O Otto chegou à costa no sudeste nicaraguense na quinta-feira vindo do Atlântico como furacão, mas enfraqueceu rapidamente e se tornou uma tempestade tropical já no início desta sexta-feira, quando se aprofundou no Pacífico, informou o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC, na sigla em inglês).
Na Costa Rica, a comissão nacional de emergência (CNE) relatou que dois homens e duas mulheres foram mortos pela tempestade, que levou o equivalente a um mês de chuvas a algumas áreas próximas da fronteira da Nicarágua. Cerca de 255 comunidades foram afetadas, e mais de 5.500 pessoas foram acolhidas em 50 abrigos por todo o país, disse o CNE.
"Após uma noite fatídica em partes do país, estamos começando a perceber a escala da tragédia que nos atingiu", disse o presidente costarriquenho, Luis Guillermo Solís, em uma coletiva de imprensa.
Mas na Nicarágua não surgiram relatos imediatos de mortes. No porto de Bluefields, ao norte de onde a tempestade se abateu, os danos foram muito limitados.
"Foi um alívio para nós", disse William Salmeron, empresário de 39 anos da cidade. "Eu não estava assustado, só o medo normal que você precisa ter com furacões".
O Otto, sétimo furacão da temporada no Atlântico, chegou ao norte da cidade de San Juan de Nicarágua como uma tempestade de categoria 2, informou o NHC, que tem sede em Miami.
Até a manhã desta sexta-feira o Otto rumava para o Pacífico com ventos contínuos máximos de 105 quilômetros por hora cerca de 395 quilômetros a sul-sudeste de San Salvador.