Eta: milhares de pessoas estavam esperando para ser resgatadas nesta sexta-feira, depois que a tempestade provocou inundações e deslizamentos de terra (Jorge Cabrera/Reuters)
Reuters
Publicado em 6 de novembro de 2020 às 15h45.
Última atualização em 6 de novembro de 2020 às 18h37.
Fortes chuvas da tempestade Eta mataram cerca de 100 pessoas na Guatemala depois que uma avalanche soterrou metade de um vilarejo na região central de Alta Verapaz, disse um porta-voz do Exército nesta sexta-feira, citando números preliminares.
Na aldeia Quejá, as chuvas constantes provocaram um deslizamento de terra e pedras que soterrou 150 casas, disse o coronel Rubén Téllez.
"Em Quejá, onde ocorreu o maior deslizamento de terra, há aproximadamente 150 casas soterradas e isso deixaria cerca de 100 mortos", disse Téllez à Reuters.
O presidente do país, Alejandro Giammattei, garantiu nesta sexta-feira que equipes de resgate e soldados chegaram a Quejá para realizar o trabalho de resgate dos corpos. Além disso, seu governo passou a distribuir alimentos para o restante das áreas afetadas pelo Eta, que já estava no Mar do Caribe, a caminho de Cuba.
“Eles estão tentando distribuir alimentos e resgatar pessoas”, afirmou.
“Temos muitas pessoas presas [que] não conseguimos alcançar. Não conseguimos chegar de barco porque as correntes são muito fortes, não podemos ir de avião porque até agora só temos um helicóptero para tentar chegar às pessoas que estão nos telhados das casas", acrescentou.
O presidente, um cirurgião de 64 anos, garantiu que os embaixadores dos Estados Unidos e de Taiwan em seu país ofereceram milhares de dólares em alimentos, e pediu ao Congresso que aprove um "estado de calamidade".
Pelo menos 75.000 guatemaltecos foram diretamente afetados pelas chuvas, disse Giammattei, acrescentando que o número continuará a crescer nas próximas horas.
O Eta, que atingiu a Nicarágua na terça-feira como um poderoso furacão de categoria 4, estava localizado 130 quilômetros a leste-nordeste de Belize, com ventos máximos sustentados de 55 km/h e estava se movendo em direção a Cuba a uma velocidade de 11 km/h, segundo dados do Centro Nacional de Furacões (NHC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos.
Em vários países da América Central, milhares de pessoas estavam esperando para ser resgatadas nesta sexta-feira, depois que a tempestade provocou inundações e deslizamentos, além de danificar pontes e estradas.