(REUTERS/Stringe/Site Exame)
Vanessa Barbosa
Publicado em 4 de maio de 2017 às 11h02.
Última atualização em 4 de maio de 2017 às 12h50.
São Paulo - Uma tempestade de poeira está sufocando uma grande parte do norte da China, incluindo a capital, Pequim, transformando o dia em noite e aumentando a poluição.
Vindas da vizinha Mongólia, as tempestades de poeira chegam sempre que o tempo está árido, com baixa precipitação, trazendo consigo uma piora da qualidade do ar e da visibilidade nas regiões afetadas.
Segundo a mídia local, a média das chamadas PM2,5, as pequenas partículas de poluição mais prejudiciais para a saúde, subiu para 630 microgramas por metro cúbico em partes da capital nesta quinta-feira. A Organização Mundial da Saúde recomenda concentrações de apenas 10 microgramas.
Cidades e vilas inteiras têm condição de visibilidade reduzidas. Em alguns lugares, o transporte foi paralisado, as estradas fechadas e as aulas nas escolas suspensas.
Mas as condições naturais não são o único culpado pelo fenômeno.
A ação do homem, através do desmatamento e da urbanização intensa, ajuda a aumentar as zonas desérticas do norte da China e sul da Mongólia, o que agrava ainda mais a ventania de poeira.
Como os centros urbanos da China são comumente sufocados pela poluição originada da queima de carvão pelas usinas elétricas, a chegada da névoa de poeira seca cria uma atmosfera "tóxica" para a saúde.
Este posto no Twitter, do cientista atmosférico da NOAA Dan Lindsay, mostra a movimentação da tempestade de poeira vista por satélite.