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Temer tenta distanciar PMDB de CPI sobre Palocci

Político apelou para que a bancada não assine o pedido de comissão parlamentar de inquérito para investigar o ministro-chefe da Casa Civil

Michel Temer repetiu durante o encontro a declaração de que o desentendimento com Palocci "ficou no passado" e reforçou o discurso conciliatório (José Cruz/ABr)

Michel Temer repetiu durante o encontro a declaração de que o desentendimento com Palocci "ficou no passado" e reforçou o discurso conciliatório (José Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 31 de maio de 2011 às 13h59.

Brasília - No jantar oferecido a senadores do PMDB ontem no Palácio do Jaburu, o vice-presidente Michel Temer buscou acalmar os ânimos da bancada e reiterou o apelo para que não assinem o pedido de abertura de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci. A reunião também foi preparatória para o almoço de amanhã dos senadores do PMDB com a presidente Dilma Rousseff no Palácio da Alvorada.

"A tendência é as coisas se acalmarem nesta semana, a nuvem passar e essa crise se dissipar", disse o presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO). "O momento é de distensão, o PMDB não quer esticar a corda ainda mais. O interesse do País é maior que qualquer divergência que a gente possa ter", completou o senador Eunício Oliveira (CE).

Michel Temer repetiu durante o encontro a declaração de que o desentendimento com Palocci "ficou no passado" e reforçou o discurso conciliatório. Em mais uma demonstração de que se empenha em se entender com Dilma, Temer participa de jantar hoje à noite no Alvorada com a presidente e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Nesse cenário, Eunício afirmou que a bancada comparecerá ao almoço com Dilma com espírito de "confraternização". "Vamos a um encontro sem agenda específica, apenas para confraternizar e dispostos a ouvir".

Sobre os ruídos com a articulação política do Planalto, um dos participantes da reunião relatou que a avaliação geral é de que o ministro de Relações Institucionais, Luiz Sérgio, não tem "autonomia suficiente" para trabalhar. Quanto a Antonio Palocci, os peemedebistas reclamaram que ele deveria ter mais tempo disponível para a articulação política - função que embora não seja atribuída à Casa Civil, Palocci desempenha na prática.

Os senadores Pedro Simon (RS) e Luiz Henrique (SC) reafirmaram o compromisso de não assinarem o pedido de CPI contra Palocci enquanto o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, não se pronunciar sobre o assunto. O senador Roberto Requião (PR) reiterou a disposição de assinar o requerimento. E Jarbas Vasconcelos (PE), favorável à CPI, não compareceu ao jantar.

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