Temer: "Não sei se há possibilidade de troca, sei que a presidente tem muita confiança nele (Palocci)" (Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr)
Da Redação
Publicado em 5 de junho de 2011 às 07h42.
São Paulo - O vice-presidente da República, Michel Temer, classificou de satisfatória e convincente a entrevista que o ministro-chefe da Casa Civil, Antônio Palocci, concedeu ontem à TV Globo, rompendo o silêncio após 20 dias de crise gerada a partir de suspeitas sobre sua rápida evolução patrimonial. "Ele veio à público dizer o que tinha de dizer, acho que ele foi muito convincente e teve muita lealdade profissional com seus clientes e com aqueles que serviu", disse Temer, numa referência ao fato de Palocci não ter revelado o nome de seus clientes nem sua renda na entrevista.
Temer, que também é presidente licenciado do PMDB, disse que as explicações do ministro-chefe da Casa Civil, foram suficientes. "Considerei útil as explicações que deu à TV (Globo) e a jornais (entrevista exclusiva que concedeu à Folha de S.Paulo)", disse o vice-presidente, na manhã de hoje, na Assembleia Legislativa de São Paulo, onde participa de campanha de filiação do PMDB. Entre os novos filiados, está o deputado federal Gabriel Chalita.
Questionado se o ministro Palocci permanece à frente da Casa Civil, Michel Temer tergiversou: "A presidente Dilma dispõe de todos os cargos e não devo ser eu a dizer o que deve ser feito." Em seguida, emendou: "Não sei se há possibilidade de troca, sei que a presidente tem muita confiança nele. Confiamos no desempenho dele e nos princípios administrativos que ele tem. Palocci colabora muitíssimo com o governo federal."
Chalita
Gabriel Chalita, que formaliza hoje sua entrada no PMDB (ele já foi filiado ao PSDB e PSB), confirmou que é pré-candidato peemedebista à Prefeitura de São Paulo, nas próximas eleições. "São Paulo é uma cidade gigante, em problemas, mas também em possibilidades", disse ele. O presidente estadual do PMDB, Baleia Rossi, que também participa do evento na Assembleia, disse que um dos grandes desafios para as eleições municipais de 2012 é repetir em São Paulo a aliança vitoriosa que PMDB e PT têm no âmbito nacional.