Bandeiras do Mercosul: Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai encararão reunião como ''uma última tentativa'' para completar lista de ofertas e prosseguir com negociações do acordo (Norberto Duarte/AFP)
Da Redação
Publicado em 5 de março de 2014 às 16h23.
São Paulo - Técnicos dos países que integram o Mercosul se reunirão na sexta-feira, provavelmente no Uruguai, para ''harmonizar'' a oferta que será apresentada à União Europeia (UE) no marco das negociações que os dois blocos antecipam para um acordo de livre-comércio.
''É uma reunião técnica e não política, para continuar o processo de harmonização da oferta que o Mercosul apresentará nas negociações com a União Europeia'', disse à Agência Efe um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, que indicou que ''provavelmente'' o encontro será realizado em Montevidéu.
A reunião da sexta-feira já tinha sido anunciada no último dia 28 de fevereiro durante o encontro realizado em São Paulo entre o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o ministro da Economia argentino, Axel Kicillof.
Os dois ministros, em um encontro fechado e sem declarações à imprensa, analisaram o andamento das negociações sobre um acordo de livre-comércio entre o Mercosul e a União Europeia, assim como a situação econômica regional.
A formação de uma área de livre-comércio entre o Mercosul e o bloco europeu foi abordada em fevereiro pela presidente Dilma Rousseff em sua viagem a Bruxelas.
Segundo fontes oficiais argentinas, os países do Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, já que a Venezuela não participa ainda na negociação) encararão a reunião da sexta como ''uma última tentativa'' para completar a lista de ofertas e prosseguir com as negociações do acordo.
De outro lado, a presidente da Confederação Nacional de Agricultura (CNA), a senadora Katia Abreu (PMDB-TO), assegurou em Bruxelas, onde acompanhou Dilma, que, se a Argentina não melhorar sua lista de ofertas, os demais países prosseguirão com o tratado sem ela.
A União Europeia é o principal parceiro comercial do Brasil, já que absorve mais de 20% das exportações e é a origem de 21% das importações. EFE