Jogadores do Al-Ahly deixam o campo após a torcida adversária invadir o local (AFP)
Da Redação
Publicado em 1 de fevereiro de 2012 às 18h55.
Lisboa - O português Manuel José, técnico do Al-Ahly, equipe envolvida nos distúrbios que nesta quarta-feira deixaram pelo menos 73 mortos no estádio de Port Said, no Egito, em jogo contra o Al-Masry, definiu as cenas de violência que presenciou em duas palavras: 'caos completo'.
'Nossos torcedores chegaram a entrar em nosso vestiário. Já morreram cerca de 36 pessoas (o número na verdade já chegou a 73). Enquanto isso, atearam fogo. Na nossa equipe, estão todos bem. Eu não consegui retornar ao vestiário. A culpa é dos soldados, havia dezenas deles e de policiais também. Agora desapareceram todos, está o caos completo', declarou o treinador à emissora de televisão portuguesa 'Sic Notícias'.
'Levei chutes e murros. Depois me colocaram em uma sala e não consegui mais voltar ao vestiário', acrescentou o técnico do Al-Ahly, que informou que está bem e que a confusão começou com brigas entre as torcidas dos dois times.
'Agora vou a ter que repensar minha vida. Não há condições', revelou Manuel José, que desde o ano passado está em sua terceira passagem pelo Al-Ahly. Antes, ele treinou a equipe egípcia de 2001 a 2002 e de 2003 a 2009.