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Taxar mais ricos não é luta de classes, rebate Obama

Os que vão bem, entre os quais se incluiu, precisam pagar sua "fatia justa", afirmou o presidente dos Estados Unidos

Obama: "Isto não é luta de classes, é matemática" (Chip Somodevilla/Getty Images)

Obama: "Isto não é luta de classes, é matemática" (Chip Somodevilla/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 19 de setembro de 2011 às 13h57.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, admitiu hoje que sua proposta para que sejam eliminadas isenções fiscais para os mais ricos e empresas como petroleiras será impopular e tentou reagir antecipadamente às críticas. "Ninguém quer punir o sucesso nos EUA", disse. Os que vão bem, entre os quais se incluiu, precisam pagar sua "fatia justa", afirmou o presidente. "Isto não é luta de classes, é matemática", acrescentou.

O presidente da Comissão Orçamentária da Câmara, republicano Paul Ryan, havia dito ontem que o plano de Obama de taxar os mais ricos representaria uma "guerra de classes", segundo o jornal The New York Times.

O senador republicano Pat Toomey disse em comunicado que está preocupado que "a estratégia de redução de déficit de Obama algumas vezes parece mais definida por uma postura política, tal como reciclar elevação de impostos, criticada publicamente mesmo por congressistas de seu próprio partido". Toomey está entre o grupo de congressistas encarregados de encontrar forma de cortar o déficit do país. O plano de Obama está sendo encaminhado para a avaliação deste comitê.

O presidente disse que vetaria qualquer projeto que corte benefícios do Medicare, mas não inclua taxação maior dos mais ricos.

O líder da minoria republicana do Senado, Mitch McConnell, criticou o plano do presidente. "Ameaças de veto, uma massiva elevação de impostos, economias fantasmas não são uma receita para crescimento econômico ou de empregos - nem mesmo para uma redução significativa do déficit", disse McConnell em comunicado.

Entre as fontes da economia prevista no plano de Obama estão US$ 580 bilhões provenientes de cortes de gastos compulsórios, incluindo em Medicare e Medicaid; US$ 1,5 trilhão do fim dos incentivos fiscais aos mais ricos, companhias de petróleo e gás e proprietários de jatos executivos; cerca de US$ 1,1 trilhão proveniente da desativação do aparato das guerras no Iraque e Afeganistão; e US$ 430 bilhões em economias adicionais. As informações são da Dow Jones.

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