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Talibãs pedem rebelião islâmica contra condenação de Mursi

O ex-presidente foi condenado, junto a outros 105 membros da Irmandade Muçulmana, pelo caso de sua fuga de uma prisão durante a revolução de 2011


	O ex-presidente foi condenado, junto a outros 105 membros da Irmandade Muçulmana, pelo caso de sua fuga de uma prisão durante a revolução de 2011
 (Khaled Desouki/AFP)

O ex-presidente foi condenado, junto a outros 105 membros da Irmandade Muçulmana, pelo caso de sua fuga de uma prisão durante a revolução de 2011 (Khaled Desouki/AFP)

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Da Redação

Publicado em 19 de maio de 2015 às 10h38.

Cabul - Os talibãs afegãos chamaram nesta terça-feira o mundo islâmico a se rebelar contra a condenação provisória de morte do ex-presidente egípcio Mohammed Mursi, com protestos que forcem o "regime tirano" do Egito a ratificar uma sentença que qualificaram de "veredicto cruel" e contrário ao islã.

"O Emirado Islâmico - como se autodenominam os talibãs- condena esta sentença nos termos mais enérgicos possíveis", asseguraram os insurgentes em comunicado, no qual se referiram a Mursi como o "legítimo presidente do Egito".

"Pedimos a todas as agências de direitos humanos internacionais e locais, Nações Unidas e particularmente aos países islâmicos que não permitam que o regime tirano egípcio cometa atos tão desumanos e não islâmicos", acrescentaram.

Um porta-voz dos talibãs, Zabihullah Mujahid, disse à Agência Efe que "os governos ocidentais, que sempre declaram ser defensores dos direitos humanos no mundo, preferiram o silêncio sobre a sentença de Mursi e não fazem nada para parar as autoridades egípcias".

No sábado passado, o Tribunal Penal do Cairo enviou sua decisão ao grande mufti, Shauqi Alam, máxima autoridade religiosa islâmica do país, que emitirá uma opinião não vinculativa, mas que pode influenciar na decisão final da Corte, prevista para 2 de junho.

O ex-presidente foi condenado, junto a outros 105 membros da Irmandade Muçulmana, pelo caso de sua fuga de uma prisão durante a revolução de 2011, que forçou a renúncia do então líder Hosni Mubarak.

O veredicto está ainda pendente de apelação e a aplicação da pena capital foi criticada pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e por governos ocidentais como os dos EUA e Alemanha.

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