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Talibãs paquistaneses ameaçam dezenas de jornalistas

"A imprensa mente continuamente sobre nós e nossos objetivos", defende o número dois dos talibãs, Khalid Haqqani, autor do documento onde se justificam ataques

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 23 de janeiro de 2014 às 10h37.

Islamabad - O principal grupo talibã paquistanês, o TTP, ameaçou abertamente jornalistas e divulgou uma lista de alvos potenciais, segundo informações publicadas nesta quinta-feira pelo jornal local "Dawn".

O jornal afirma ter em sua posse um documento assinado pela direção dos insurgentes que contêm nomes de dezenas de repórteres, proprietários de meios de comunicação, apresentadores de televisão, entre outros.

Na semana passada, três trabalhadores do canal "Express News" foram assassinados. O crime teve a participação de homens armados do talibã na cidade de Karachi.

"A imprensa mente continuamente sobre nós e nossos objetivos", defende o número dois dos talibãs, Khalid Haqqani, autor do documento onde se justificam os ataques a repórteres e trabalhadores de empresas jornalísticas, segundo o "Dawn".

Os talibãs acusam os meios de comunicação de assumir uma posição pelos "não crentes" e contra os muçulmanos e os mujahedins na "guerra contra o islã", assim como de "propagar a promiscuidade e o secularismo".

Em artigo publicado hoje no mesmo jornal, o colunista Cyril Almeida relata que muitos de seus colegas apontam Haqqani e um de seus seguidores na região tribal de Mohmand, Omar Khalid, como os instigadores dos ataques à imprensa.

Almeida também explica que vários jornalistas e apresentadores aumentaram as medidas de segurança ao redor deles e suas famílias, e que as ameaças vão desde os diretores e donos das empresas até os repórteres de rua.

O Paquistão é considerado uma das nações mais perigosas para os jornalistas, e no ano passado morreram 11 profissionais do setor no país. 

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