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Talibãs estão dispostos a intensificar política, mas mantêm jihad

Em comunicado, a milícia afirmou que o diálogo com a comunidade internacional se inscreve em sua tentativa de 'estabelecer um governo islâmico'

Rebeldes talibãs na província de Wardak, ao oeste de Cabul: 'este entendimento (com o mundo) não significa que abandonemos a 'jihad' nem está vinculado à aceitação da Constituição' (AFP/AFP)

Rebeldes talibãs na província de Wardak, ao oeste de Cabul: 'este entendimento (com o mundo) não significa que abandonemos a 'jihad' nem está vinculado à aceitação da Constituição' (AFP/AFP)

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Da Redação

Publicado em 12 de janeiro de 2012 às 08h05.

Cabul - Os talibãs afegãos reconheceram nesta quinta-feira que vão intensificar a via política para alcançar um entendimento com a comunidade internacional, mas revelaram que manterão a 'jihad' (guerra santa) e as atividades bélicas.

Em comunicado emitido nesta quinta-feira, a milícia insurgente afirmou que o diálogo com a comunidade internacional se inscreve em sua tentativa de 'estabelecer um Governo islâmico', e que este não representará a aceitação da atual Constituição afegã.

'Para trazer a paz e a estabilidade ao Afeganistão, aumentamos nossos esforços políticos para chegar a um entendimento com o mundo e resolver a presente situação', afirmam os talibãs em sua nota.

'Este entendimento não significa que abandonemos a 'jihad' nem está vinculado à aceitação da Constituição da administração do Governo títere de Cabul', acrescentam.

No início de janeiro, os talibãs anunciaram pela primeira vez sua disposição em negociar com a comunidade internacional através da abertura de um escritório de representação no emirado islâmico do Catar, onde ficam vários de seus representantes.

As negociações contam com o sinal verde do Governo afegão e da Administração americana, que condicionou o processo de reconciliação ao rompimento dos talibãs com a Al Qaeda, ao abandono da violência e aceitação da Constituição afegã.

O regime talibã foi derrubado em 2001 por tropas dos Estados Unidos e suas milícias lutaram desde então para retirar do país os exércitos estrangeiros e derrubar o Governo do atual presidente, Hamid Karzai. 

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