A China considera Taiwan parte de seu território, enquanto a ilha se declara independente (Tyrone Siu/Reuters)
AFP
Publicado em 6 de junho de 2019 às 12h11.
Taiwan confirmou nesta quinta-feira sua intenção de fazer uma importante encomenda aos Estados Unidos de tanques e sistema de mísseis portáteis, para substituir material obsoleto, causando uma reação da China, que expressou preocupação.
O ministério da Defesa de Taiwan fez oficialmente um pedido de 108 tanques de combate M1A2 Abrams, mais de 1.500 mísseis anti-tanque Javelin e TOW, bem como 250 lança-mísseis terra-ar de curto alcance Stinger, de acordo com um comunicado.
A China imediatamente expressou "sérias preocupações" sobre o anúncio de Taiwan.
"Nós pedimos várias vezes aos Estados Unidos para que tomasse ciência da natureza extremamente sensível e prejudicial da sua decisão de vender armas a Taiwan e de respeitar o princípio de uma só China", disse em Pequim um porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Geng Shuang.
A China considera Taiwan parte de seu território. A ilha é liderada por um regime rival, que se refugiou ali após a tomada de poder pelos comunistas no continente, em 1949, após a guerra civil chinesa.
Os Estados Unidos, que romperam suas relações diplomáticas com Taipé em 1979 para reconhecer Pequim como o único representante da China, continua sendo o mais poderoso aliado do território insular e seu principal fornecedor de armas.
A China lembrou recentemente que não renunciaria a recorrer à força no processo de reunificação com Taiwan.
O governo americano já indicou ao Congresso sua intenção de vender equipamentos militares para Taiwan. Este pedido é estimado em cerca de 2 bilhões de dólares, segundo a agência Bloomberg News.