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Tailândia pedirá cooperação de Google e Facebook em censura

Militares buscam abafar as críticas à medida que consolidam o poder após a deposição do governo em 22 de maio, prendendo políticos e restringindo a imprensa


	Líder da junta militar na Tailândia: junta alertou para a propagação em mídias sociais do que considera ser material provocativo
 (AFP)

Líder da junta militar na Tailândia: junta alertou para a propagação em mídias sociais do que considera ser material provocativo (AFP)

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Da Redação

Publicado em 29 de maio de 2014 às 12h51.

Bangcoc - A junta militar da Tailândia enviará representantes a Cingapura e ao Japão nos próximos dias para buscar maior censura de redes sociais do Facebook FB.O, do Google GOOGL.O e do serviço de mensagens Line, disse um porta-voz do governo nesta quinta-feira.

Os militares buscam abafar as críticas à medida que consolidam o poder após a deposição do governo em 22 de maio, prendendo políticos e restringindo a imprensa. Mas autoridades têm sofrido para controlar a atividade online, onde usuários vêm utilizando redes sociais para organizar protestos e expressar oposição ao golpe de Estado.

A junta alertou para a propagação em mídias sociais do que considera ser material provocativo, e pediu que provedores de serviços ajudem a apertar a censura. “Queremos falar com eles informalmente”, disse Pisit Pao-In, conselheiro do secretário permanente do ministério de Tecnologia da Informação e Comunicação da Tailândia, em uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira.

“Não pediremos a eles que instalem nenhum software adicional. Apenas pedimos que nos ajudem a filtrar conteúdo”. Autoridades teriam que viajar para outros países, considerando que as três empresas não possuem representação na Tailândia, disse ele após uma reunião, em Bangcoc, com provedores de serviços de Internet.

O ministério pediu que esses provedores bloqueassem websites uma hora, após receberem pedido do governo para que sejam desativados, disse uma fonte que estava na reunião, pedindo para não ser identificada.

Após o golpe, o ministério estabeleceu uma comissão para monitorar websites e bloquear conteúdo que ofenda regras militares ou as rígidas leis do país contra ofensas à monarquia.

Mais de 100 sites foram bloqueados desde o golpe, disse Pisit.

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