Protesto na Tailândia: no início desta semana o governo dissolveu o Parlamento e convocou eleições antecipadas para 2 de fevereiro (Damir Sagolj/Reuters)
Da Redação
Publicado em 11 de dezembro de 2013 às 08h09.
Bangcoc - Os manifestantes antigovernamentais em Bangcoc (Tailândia) deixaram nesta quarta-feira o Ministério das Finanças, onde estavam desde 25 de novembro, e bloquearam o do Interior.
No início desta semana o governo dissolveu o Parlamento e convocou eleições antecipadas para 2 de fevereiro.
Os funcionários do Ministério de Finanças puderam voltar aos seus postos de trabalho, que tiveram que abandonar desde o início da invasão. As forças da ordem inspecionaram as instalações do local antes de permitir que os trabalhadores retornassem aos seus cargos.
Os manifestantes justificaram o bloqueio do Ministério do Interior pois esta pasta controla 76 províncias do país, segundo a imprensa local.
As autoridades pediram que os manifestantes, liderados pelo ex-vice-primeiro-ministro Suthep Thaugsuban, voltem para suas casas e participem das eleições gerais de 2 de fevereiro.
No entanto, Suthep se nega a dissolver os protestos, insiste que o governo atual é inconstitucional e mantém sua "cruzada" contra o "regime de Thaksin".
Thaksin Shinawatra governou a Tailândia de 2001 até 2006, quando um golpe militar violento o derrubou do poder após o então dirigente ser acusado de corrupção, nepotismo e solapar as instituições do Estado.
Desde então, os seguidores e opositores de Thaksin lutam pelo poder com frequentes manifestações e protestos populares que buscam paralisar o governo.
A atual primeira-ministra da Tailândia, Yingluck Shinawatra, é a irmã menor de Thaksin e entrou na política em 2011 para ganhar com o partido de seu irmão as eleições realizadas neste ano.