Carros da polícia escoltam Michael Adebowale ao tribunal de Londres (Ben Stansall/AFP)
Da Redação
Publicado em 3 de junho de 2013 às 13h37.
Viena - Os dois homens acusados da morte de um soldado no dia 22 de maio em Londres, Michael Adebolajo e Michael Adebolawe, compareceram nesta segunda-feira, separadamente, a dois tribunais da capital britânica.
Com o braço esquerdo engessado e levando na mão um Alcorão que beijou várias vezes, Adebolajo, de 28 anos, se apresentou pela primeira vez diante de um juiz no Tribunal de Magistrados de Westminster, onde foram comunicadas as acusações que pesam contra ele.
O jovem britânico de origem nigeriana convertido ao islã, vestido de camiseta e calça brancas, interrompeu em várias ocasiões a breve audiência, na qual pediu para ser chamado de Mujahedin Abu Ham.
Quando pediram para que ficasse de pé, perguntou: "Posso perguntar por quê?", e quando explicaram que era o habitual, respondeu: "Quero me sentar".
No fim, pediu ao juiz permissão para "aliviar a dor" e depois beijou o Alcorão levantando o braço ferido.
Em outro momento enviou um beijo a um homem sentado na área reservada ao público, e depois ambos apontaram seus dedos para o céu.
Adebolajo foi acusado no sábado, um dia depois de deixar o hospital, do homicídio do soldado Lee Rigby, de tentativa de homicídio de dois agentes da polícia e de posse de arma de fogo.
O suspeito, que deverá comparecer nos próximos dias em um Tribunal Penal, foi ferido pela polícia junto com o outro acusado durante sua detenção no local do crime.
Já Adebowale, de 22 anos, que recebeu alta na terça-feira e que foi acusado de homicídio e posse de arma de fogo, assistiu por videoconferência uma audiência de rotina no Tribunal Penal Central, ao qual deverá retornar no dia 28 de junho.
Lee Rigby, de 25 anos, foi brutalmente assassinado a facadas na rua em plena luz do dia 22 de maio quando retornava ao Quartel da Artilharia Real de Woolwich (sudeste de Londres), depois de ter passado a manhã trabalhando na Torre de Londres.