EI: a rede planejava realizar um atentado em 1 de dezembro e tinha na mira vários alvos (foto/Reuters)
AFP
Publicado em 25 de novembro de 2016 às 15h36.
Última atualização em 25 de novembro de 2016 às 15h37.
Cinco homens presos na França no último fim de semana juraram lealdade ao grupo extremista Estado Islâmico (EI) e preparavam um atentado na região parisiense no próximo mês, coordenado da "zona sírio-iraquiana", assinalou nesta sexta-feira o procurador de Paris.
A polícia antiterrorismo prendeu sete homens e confiscou armas em duas operações realizadas no fim de semana passado nas cidades de Estrasburgo e Marselha.
Dois dos suspeitos foram liberados. Os outros cinco - quatro franceses e um marroquino - compareceram nesta sexta-feira diante de um juiz antiterrorista, informou o procurador de Paris, François Molins, durante uma coletiva de imprensa.
A polícia encontrou durante a operação em Estrasburgo documentos que mostravam uma "clara lealdade" ao EI e que "glorificavam a morte e os mártires", apontou Molins.
"O comando de Estrasburgo, assim como o indivíduo preso em Marselha, receberam as mesmas ordens (...) enviadas por um coordenador da zona sírio-iraquiana através de mensagens criptografadas", acrescentou.
A rede de Estrasburgo planejava realizar um atentado em 1 de dezembro e tinha na mira vários alvos, ainda que Molins tenha assinalado que os investigadores "não puderam determinar o alvo exato".
Uma fonte policial assinalou na terça-feira que os suspeitos fizeram buscas na internet relacionadas com uma dúzia de lugares, incluindo o Mercado de Natal da famosa avenida Champs-Élysées, o parque de diversões Disneyland Paris, terraços de cafés no nordeste da capital, a sede da polícia judiciária no centro de Paris e uma estação de metrô.
Molins indicou que o coordenador deste atentado frustrado também estava em contato com dois homens que foram presos em 14 de junho, durante a Eurocopa.
As investigações acreditam que estes últimos desempenhavam um papel de financiadores.
A França tem sido alvo de uma onda de atentados extremistas desde de janeiro de 2015, culminando na morte de 238 pessoas.